quinta-feira, 19 de março de 2009

Exercícios físicos intensos diminuem a fome, mostra estudo


Olá pessoal! Hoje estarei trazendo um matéria que saiu no Jornal Folha de São Paulo. Espero que gostem! Abraços



Exercícios físicos intensos diminuem a fome, mostra estudo.
Fonte: Folha Online

Se fôssemos máquinas, a relação seria simples: o combustível leva ao funcionamento, que exige mais combustível. Mas, em nosso corpo, essa equação apresenta certas singularidades, a começar pelo aparente paradoxo: quanto mais exercício, menos fome. Um estudo britânico divulgado recentemente mostrou que, após a prática de caminhada (atividade física moderada), os atletas sentiam fome normalmente. Mas, se os exercícios fossem de alta intensidade, eles perdiam o apetite. O resultado também variava conforme o tipo de treino. Constatou-se que quem fazia atividades aeróbicas perdia a fome por ainda mais tempo do que quem havia realizado atividades de resistência muscular. É algo que a dona-de-casa Magda Raso, 47, observa em seu dia-a-dia. "Quando volto da academia, não sinto fome. E isso é mais forte após o "spinning" e a corrida do que depois da sessão de musculação." Segundo o estudo, a supressão da fome é mais acentuada na primeira hora após o treino. Mas, comparando quem fez com quem não fez exercícios, observou-se que a diferença entre ambos era significativa por até duas horas. Após esse período, a fome volta a ser igual à de quem não treinou. O mecanismo pelo qual os exercícios afetam o apetite ainda não foi esclarecido. Uma das hipóteses é que essa resposta esteja ligada ao aquecimento do corpo durante a atividade. "Sugere-se que o aumento na temperatura corporal leve à supressão de apetite. Isso pode explicar uma supressão da fome mais intensa após a corrida do que após o levantamento de peso, já que a corrida provavelmente aquece mais o corpo", disse à Folha David Stensel, líder do estudo e professor da Loughborough University. Para testar a idéia, ele avalia agora o efeito da natação na fome. O que já se sabe é que os hormônios são peças fundamentais desse quebra-cabeça. No estudo conduzido por Stensel, a fome dos atletas foi "medida" por questionários e por exames de sangue, que avaliaram a concentração de substâncias como a grelina, hormônio que avisa o cérebro de que está na hora de comer. Quando nos alimentamos, entram em ação outros hormônios, que ativam a sensação de saciedade. Constatou-se que o treino intenso tanto reduz a concentração de grelina quanto eleva a liberação de PYY -um dos hormônios que levam à saciedade. Resultado: menos fome.


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