sexta-feira, 31 de julho de 2009

Evite os contratempos da corrida


Fonte: MSN - Minha Vida


Uma cãibra ou uma simples bolha no calcanhar detonam o treino
A roupa é leve, confortável e apropriada para a sua rotina de corrida. O tênis é zero-bala e você ainda tem pique para um treino digno de competidor de São Silvestre. Mas a empolgação é tanta que você passa batido por alguns procedimentos básicos do bom corredor, como alongar os músculos antes de se jogar na pista. E aí - ai que dor! uma fisgada na coxa é o suficiente para interromper a jornada e ter que voltar para casa, correndo o risco aliás de, muitas vezes, passar dias de molho. A situação faz parte de apenas um dos contratempos que colocam o sucesso da corrida em risco. O professor Rogério Orban, da academia Fórmula, de São Paulo, e especialista em fisiologia do exercício, dá as dicas para evitar esse e outros obstáculos que comprometam a atividade. Confira abaixo:


Lá vem a cãibra

São vários fatores que desencadeiam a cãibra, uma contração muito forte e desorganizada do músculo, que dói para caramba: desidratação, fadiga muscular, a carência de algum mineral importante no organismo (como sódio, magnésio e potássio, perdidos na transpiração), excesso de treino, entre outros. Daí, a importância de uma boa hidratação com água, sucos e isotônicos. "Par evitá-la é essencial estar bem hidratado, não aumentar o volume de treino bruscamente e respeitar o intervalo de descanso da atividade", diz Orban. Mas não é só isso.A musculatura pouco tonificada e mal alongada está mais sujeita às cãibras. Então, antes de treinar, estique todos os principais grupos musculares, avisando seu corpo de que o treino está prestes a começar. Também inclua banana, tomate e uvas passas na sua dieta, que são alimentos ricos em potássio.Se acontecer durante a atividade, tente realizar um alongamento leve na região e fazer uma massagem suave. Se possível, também coloque uma bolsa de água quente no local. Com a dilatação, os músculos relaxam e a dor desaparece. Pode acontecer de a cãibra gerar uma lesão muscular, portanto, se a dor persistir, é necessário procurar um médico.

Faltou ar

A falta de fôlego geralmente ocorre nos corredores iniciantes por falta de condicionamento físico para a atividade. Uma boa técnica para quem está começando é alterar a corrida com momentos de caminhada para ter uma breve recuperação. Por exemplo: faça 3 minutos de trote e dois minutos de caminhada. Essa alternância ajuda o atleta a prolongar a atividade aeróbia, que trabalha o sistema cardiovascular e respiratório, além de proporcionar uma melhor performance da musculatura trabalhada. "O aumento do tempo de corrida e a diminuição da caminhada deve acontecer de forma gradual, respeitando os limites de cada um", recomenda o professor da Fórmula.


Dor de lado

O desconforto que afeta a parte lateral na região da barriga, conhecido por dor de lado, geralmente é causado pela respiração (inspirar e expirar) incorreta. Para que não aconteça, é necessário realizar um aquecimento mais prolongado, como uma boa caminhada e, em seguida, passar para um trote leve. Caso a dor desponte durante o treino, é só diminuir o ritmo (caminhar ou trotar leve) e controlar a respiração, provocando uma inspiração e expiração mais profunda e lenta.


Ih, torceu

As torções no pé, tornozelo ou joelhos são lesões que podem ocorrer tanto no atleta iniciante quanto no avançado. Correr em terreno irregular, como gramado e trilhas, ou até mesmo sobre o asfalto ou calçada podem provocar este acidente. Para antecipar-se ao problema, fique sempre atento onde pisa, sempre direcionando o olhar até poucos metros a frente do seu caminho. "Evite correr olhando para baixo e tome cuidado com as olhadinhas para o lado. A concentração na trajetória é fundamental", diz Orban. Prevenir as lesões também passa por manter a musculatura da perna e dos quadris bem fortalecida.Um estudo recém-publicado na revista "Sports Health", realizado pela Universidade de Calgary, em Alberta, no Canadá, apontou que a fraqueza muscular na região do quadril é um agravante para que corredores desenvolvam lesões musculares nos joelhos e abaixo deles, ocasionando males como dor crônica, tendinite e dores na sola do pé.Os movimentos mais indicados para fortalecer a região muscular do quadril e proteger o corpo são denominados exercícios de cadeia cinética fechada, ou seja, que usam habilidade em estabilizar a coluna, o dorso e o quadril para sustentar e mover pesos. Alguns exemplos desse tipo de exercício são o agachamento, e os exercícios de musculação leg press horizontal ou 45° e o stiff.Uma boa alternativa de exercícios para fortalecer a panturilha, são aqueles feitos na cama elástica ou em uma superfície mais fofas - como caminhar descalço na areia - além de exercícios de musculação.Caso a torção se manifeste, coloque gelo no local e procure um médico para tratá-la. O retorno a prática de exercícios deve ser gradativo, com muito fortalecimento e fisioterapia e, de preferência, a corrida deve ser substituída por uma outra atividade aeróbia, com bike ergométrica, até que tenha a liberação do médico. Após liberado, a corrida deve ter ritmo gradual.


Formação de bolhas

A formação de bolhas nos pés pode acontecer com qualquer um. As causas mais comuns são tênis apertado ou não adequado para o seu tipo de pisada, meia úmida ou muito velha, provocando o atrito com a pele; aumento brusco no volume de treino e erro no apoio da passada durante a corrida (como frear durante a fase de apoio da passada). Deixar a pele dos pés bem hidratada ajuda a afastar esse tipo de problema. Se a bolha já deu as caras, jamais fure ou arranque a pele da região, pois isso pode ser a porta de entrada para fungos e bactérias e o gatilho para a manifestação de uma infecção no local.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

OBESIDADE E EXERCÍCIO FÍSICO


Por André Yamada,


Com a mecanização dos meios de trabalhos temos enfrentado grandes problemas quando o assunto são as doenças crônicas. Cada dia, semana ou ano que passa, percebemos que a população mundial não só está ficando cada dia mais obesa, mas também doente. A obesidade leva a uma série de co-morbidades que estão relacionadas com o aumento dos índices de mortalidade. A obesidade leva a aumentos da pressão arterial, diabetes entre muitas outras doenças. A obesidade pode ser classificada em dois tipos: a visceral (conhecida como maçã) e a subcultânea (pêra). A que está associada a altos riscos é a do tipo maçã também chamado de barriga de cerveja. Geralmente os homens apresentam a obesidade visceral e as mulheres a obesidade subcultânea, em que depósitos de gordura são acumuladas nos quadris. Essas diferenças se devem a ativação de receptores locais. Vários fatores influenciam na obesidade como a predisposição genética, alimentação e sedentarismo.
Nosso corpo é capaz de produzir alguns hormônios importantes no controle do peso e saciedade. Assim quando estamos com fome ativamos hormônios específicos. A leptina por exemplo é conhecida como hormônio da saciedade, ela atua a nível hipotalâmico no sistema nervoso central. Ela é tipo um controle remoto que diz desliga, ou seja ela controla o apetite. No entanto os obesos apresentam maiores concentrações da leptina devido a aumento da resistência desse hormônio.
A alimentação é muito importante para o controle da obesidade. Alimentos como frutas e verduras são essenciais no nosso prato, enquanto furturas, doces e gorduras trans (processados) devem ser encarados com cautela. Deve-se ingerir alimentos de 3 em 3 horas para que o hormônio do estresse cortisol não entre em ação. Quanto mais cortisol na circulação maior vai ser o desgaste muscular e assim vamos entrar em catabolismo. Ou seja, se ficarmos muito tempo sem comer, vamos engordar mais pelo processo vicioso que nosso organismo encara. Assim, se alimentarmos de 3 em 3 horas vamos manter nossa taxa metabólica ativada e vamos engordar menos.
O exercício é indubitavelmente essencial na vida de todos. Temos que realizar 5 vezes por semana essa prática por pelo menos uma hora. Não consegue correr? Comece a caminhar e assim seu corpo vai se adaptando aos estímulos. Pode procurar um especialista em exercício como o educador físico também. Alguns estudos mostram que o exercício de força conhecido como musculação diminui a gordura corporal, isso se deve pelo aumento da taxa metabólica em repouso. Exemplo, quando estamos dormindo iremos queimar as calorias sem se mexer. Isso é a sacada. Combinar o exercício aeróbio como corrida, ciclismo etc etc com a musculação. Os resultados serão espetaculares.
Por fim parece que a combinação da nutrição adequada e o treinamento físico é mais eficiente em combater a obesidade do que apenas fazer dieta ou exercício separadamente. A qualidade de sono interfere no nosso metabolismo. Pessoas que dormem pouco elas apresentam maior risco de desenvolver obesidade por alterações nos hormônios que mencionei.
Por fim convido vocês a terem uma melhor qualidade de vida e que comece a mudar os hábitos, é claro que cada indivíduo apresenta uma resposta.
Por favor,não se frustrem se os resultados demorarem, isso é a longo prazo. Existem gordinhos saudáveis e magrinhos ditos falsos com alta quantidade de gordura corporal. Assim nem sempre o que se vê na balança é tida como saudável pois precisamos de uma melhor análise e avaliação corporal. Outra coisa, é que muita gente hoje em dia está preocupado com a estética, esquece isso! Primeiro lugar a saúde não é mesmo, então faça exercícios regularmente e se alimente corretamente.
André Katayama Yamada, Formado em Educação Física Bacharelado UNIMEPPerformance Humana. Mestrando em Ciências da Motricidade (Biodinâmicada Motricidade Humana)Linha Fisiologia Endócrino-Metabólica.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Gripe e Fit Labore na Corrida!


É amigos, depois de uma longa e tenebrosa gripe, que me deixou de molho durante 4 dias na cama literalmente, e ainda atrapalhou os meus treinos para a Maratona que estou querendo fazer no final do ano, volto a posta aqui para falar que a Fit Labore Assessoria Esportiva em conjunto com a Academia R Personal Training estiveram presentes na 4 Corrida Pedestre da Cidade de Piracicaba e fizemos bonito. Apesar da chuva na horada largada, todos os participantes concluiram a prova e ainda teve um podio por categoria com a nossa Graziela. Parabéns, muitos Quilometros de corrida para você Grazi.

Vou me recuperando a amanhã eu volto a postar de um modo mais efetivo. Esta ai a equipe que participou da prova. Nem todos puderam ir e alguns ainda faltaram!

domingo, 26 de julho de 2009

Fórmula FCmáx = 220 - idade é valida?


Fonte: Veja.com.br

Toda pessoa habituada a praticar algum tipo de atividade física, certamente já ouviu falar na fórmula 220 – idade. Muito usada para calcular a frequência cardíaca máxima (FC max) e depois estabelecer porcentagens a serem respeitadas para obter benefícios, seja melhorar a condição física ou emagrecer. Além disso, diversos exames físicos também a utilizam para realizar cálculos a respeito da porcentagem máxima de frequência cardíaca atingida nos testes.


A fisiologia do exercício utiliza a fórmula desde o final da década de 30 e ela é frequentemente citada em livros técnicos, revistas e outras publicações. Nunca, porém, explica-se o estudo original que chegou a esta equação.Apesar de amplamente aceita, a fórmula em questão vem sendo questionada há mais de duas décadas por diversos fisiologistas, por apresentar uma margem de erro grande ao estimar a FCmax. Em geral, os estudos verificaram um erro que varia de 7 a 11 batimentos por minuto, para cima ou para baixo.Uma leitura mais aprofundada sobre a história desta fórmula mostra que o cálculo não foi construído a partir de um estudo específico, mas através de observações baseadas em levantamentos e anotações científicas não publicados.


Um pesquisador chamado Karvonen teria sido o “inventor” da fórmula 220-idade, mas ele mesmo, ao ser contatado em 2000 por uma publicação científica, declarou que nunca havia concluído qualquer estudo a respeito. Indicou outro pesquisador que havia sido o mentor deste cálculo, doutor Astrand.Este também foi procurado para prestar esclarecimentos e, da mesma forma, afirmou que não havia publicado nenhum dado que tivesse apresentado esta fórmula. Doutor Astrand comentou que em seus estudos, a fórmula 220-idade chegava a valores próximos de outras equações para a mesma finalidade.


O erro destas, no entanto, também seria consideravelmente alto (+-10 batimentos por minuto). Ou seja, devido à pouca clareza a respeito da origem desta fórmula, e sua precisão duvidosa, não deveríamos adotá-la como ponto de partida para determinar faixas de treinamento cardiorrespiratório.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Como indicar a percepção de esforço na corrida


Fonte: O2 por Minuto

Entenda como interpretar o que seu corpo diz durante a prática da corrida e conheça os métodos utilizados para correr com prazer


Conhecer e respeitar os limites do corpo é um dos segredos para se desenvolver uma atividade física segura e saudável. Uma das formas mais simples e utilizadas para controlar a intensidade do exercício é o índice da percepção do esforço realizado, que pode ser adotado para qualquer atividade aeróbia.“Existem basicamente duas formas de se medir a intensidade de um treinamento. Uma delas uma delas é o controle dos batimentos cardíacos, e a outra a percepção de esforço. Costumo dividir esta carga subjetiva em leve, moderada e forte”, afirmou Kim Cordeiro, treinador da BK Sports. “Em treinos longos, o ideal é usar cargas leves até moderadas. O ritmo forte é imposto só em atividades mais curtas, como treinos de tiros, ou em competições”, completa o técnico.


Na dose certa


A melhor forma para o atleta saber interpretar corretamente os níveis de percepção de esforço durante uma atividade é com a experiência adquirida ao longo dos treinamentos.“Quem está no começo não têm dificuldades quando o treino é leve ou moderado, mas, geralmente, não consegue manter o ritmo forte o tempo inteiro. O iniciante acha que conhece, mas tende a forçar um pouco mais, isso é falta de experiência. A orientação do treinador e o tempo vão dar esta percepção exata aos atletas”, diz Cordeiro.“Alguns têm dificuldade de interpretar o que é moderado e o que é forte. Cabe ao treinador orientar e dar parâmetros para ele saber dosar o ritmo. Com o tempo, o corredor passa a conhecer melhor seus limites e a interpretar corretamente a percepção de esforço”, completa o personal trainer Vagner Diniz.


Vantagens e desvantagens


Uma das principais vantagens de se usar a percepção de esforço nos treinamentos é que ela permite ao atleta saber dosar seu ritmo e não forçar demais, mesmo se não estiver se sentindo tão bem.“Na teoria, o frequencimetro tem mais vantagens, pois possui parâmetros exatos. Só que a frequencia cardíaca pode variar se o atleta teve um dia estressante no trabalho ou se treina na hora do almoço, quando está mais quente”, explica Kim Cordeiro. “A vantagem da carga subjetiva é que ela é baseada em como o atleta está se sentido na hora do treinamento, pois, para um amador, cada dia é diferente”, completa o treinador.“O problema da percepção de esforço é que nem todos conseguem interpretá-la. Algumas vezes, até mesmo os mais experientes têm dificuldades para dosar o ritmo”, diz Diniz. “Tem dias que a pessoa acha que está em um ritmo leve, mas, quando termina o treino, sente que forçou de mais”, completa Cordeiro.


Escala de Borg

Uma das formas mais conhecidas de quantificar a intensidade do exercício é pela escala de Borg, desenvolvida pelo fisiologista sueco Gunnar Borg. A tabela possui diversas “adaptações”, mas a mais comum tem números que variam de 6 a 20. O número mais baixo representa um esforço quase nulo, e o mais alto uma atividade exaustiva, como demonstra o box abaixo:


6 Muito fácil7 Muito fácil8 Muito fácil9 Fácil10 Fácil11 Relativamente Fácil12 Relativamente fácil13 Ligeiramente cansativo14 Ligeiramente cansativo15 Cansativo16 Cansativo17 Muito cansativo18 Muito cansativo19 Exaustivo20 Exaustivo

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Atletas crescem mais do que a média da população


Fonte: Agência Fapesp
Atletas cada vez maiores

Ricardo Prado é um dos grandes nomes da natação brasileira. Medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, foi recordista mundial dos 400 metros medley. A marca foi conquistada em 1982, quando tinha apenas 17 anos.Com 1,68 metro de altura, Prado era menor que os adversários da época. Mas atualmente sua altura seria ainda mais incomum. Nos Jogos de Pequim, a regra era a presença de atletas muito mais altos, como o norte-americano Michael Phelps (1,93 metro), o brasileiro César Cielo Filho (1,96 metro) ou francês Alain Bernard (2,01 metro).Os atletas parecem estar cada vez maiores. E, pelo visto, estão mesmo. Segundo uma pesquisa feita na Universidade Duke, nos Estados Unidos, o aumento no tamanho de nadadores e velocistas de elite nos últimos cem anos foi muito maior do que o verificado na população normal.

Teoria construtal

De acordo com os autores do estudo, o padrão de crescimento dos atletas pode ser previsto por meio da teoria construtal, criada há 13 anos por Adrian Bejan, professor de engenharia mecânica em Duke. Inspirada na natureza, a teoria ajuda a explicar fenômenos tão diversos quanto a formação da bacia de rios e a estrutura capilar em raízes de árvores - ou o tamanho dos atletas.No estudo, publicado pelo Journal of Experimental Biology, Bejan e seu aluno Jordan Charles reuniram dados das alturas e pesos dos recordistas mundiais nos 100 metros rasos (atletismo) e 100 metros livre (natação). O aumento em altura dos atletas foi relacionado aos seus tempos."A tendência revelada pela análise sugere que esses recordes de velocidade continuarão a ser dominados por atletas mais altos e mais pesados. Achamos que isso se deve às regras construtais da locomoção animal e não ao aumento contemporâneo na altura média dos humanos", disse Charles.

Aumento da altura da população

Enquanto a altura média do homem aumentou 4,82 centímetros desde 1900, os nadadores recordistas dos 100 metros estão 11,43 centímetros maiores. O aumento dos velocistas foi ainda maior: 16,25 centímetros.As regras teóricas da locomoção animal apontam que em geral os exemplares maiores devem ser mais rápidos do que os menores. Na teoria construtal, Bejan relaciona as três formas de locomoção animal - correr, nadar e voar - e argumenta que todas envolvem duas forças básicas: levantar peso verticalmente e superar o empuxo horizontalmente. Com isso, elas poderia ser descritas pelas mesmas fórmulas matemáticas.Com tais fórmulas, é possível estimar as velocidades dos atletas durante os impérios grego e romano, por exemplo. "Na Antiguidade, as massas corporais eram, grosso modo, cerca de 70% das atuais. Ao usarmos a teoria construtal, verificamos que seriam precisos 14 segundos para completar os 100 metros que hoje são vencidos em menos de 10 segundos", disse Charles.

Imitando os golfinhos

Segundo o cientista, essa nova maneira de analisar movimentos e tamanhos valida uma prática entre os nadadores, apesar de por motivo adverso. Os treinadores condicionam os atletas a tirar o corpo o máximo que conseguirem fora da água a cada braçada, de modo a ganhar velocidade."Achava-se que o nadador experimentaria menos resistência no ar do que na água. Entretanto, quando o corpo está mais acima da superfície, ele cai mais rapidamente e mais para a frente na água. A onde maior resultante é mais rápida e empurra o corpo para a frente. Quanto maior o nadador, maior o efeito. O conselho era bom, o motivo é que estava errado", disse.Para Charles, como a tendência do aumento no tamanho dos atletas de elite deve se manter, pode ocorrer com a natação e com as provas de velocidade no atletismo, no futuro, uma divisão por altura e peso, tal qual ocorre há tempos com outros esportes, como boxe ou levantamento de peso.

domingo, 19 de julho de 2009

O sedentarismo é melhor que a atividade física?


Fonte: Veja.com.br

A atividade física, quando feita de maneira inadequada, pode trazer riscos à saúde? Correto. Então, o melhor a fazer é abraçar o sedentarismo? Não – respondem em uníssono os especialistas. Vejamos os números: em uma corrida, por exemplo, o risco de morte por ataque cardíaco é sete vezes maior; porém, homens em boa forma possuem 50% menos chances de sofrer ataque cardíaco do que os sedentários, segundo estudo publicado pelo Journal of the American Medical Association, em 1982.


Os sedentários e os chamados atletas de fim de semana, na opinião dos médicos, precisam redobrar a atenção. “O problema dos atletas de fim de semana é que o corpo não está preparado para realizar uma determinada intensidade de trabalho. Assim, o exercício se torna um gatilho de um evento cardíaco, que pode ser a própria parada cardíaca e a morte súbita”, analisa o cardiologista Nabil Ghorayeb.


O fisiologista e médico do esporte Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), acrescenta que os benefícios não são alcançados para aqueles que fazem exercícios somente de fim de semana. “A pessoa que faz exercício no sábado, por exemplo, deveria repetir a atividade na segunda-feira, para dar sequência no processo supercompensação”, explica. “Se ela não repetir o exercício, não dá sequência ao trabalho e não melhora a condição física”, fala o fisiologista.


Outro ponto levantado pelos especialistas são os exames e avaliações periódicas. “Consulta tem que ser feita por um médico e não por avaliador de academia”, sentencia Ghorayeb. “Quanto mais específica for a avaliação, mais seguro será o resultado para uma prescrição de atividade física”, orienta Marcio Marega, educador físico e fisioterapeuta Centro de Medicina Preventiva do Hospital Israelita Albert Einstein.

Ele recomenda a consulta a educadores físicos a cada três meses para fazer uma reavaliação da atividade realizada. A visita ao médico, segundo educador físico, pode ocorrer a cada seis meses, para os sedentários, e um ano, para os mais ativos.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

A DOR MUSCULAR É CAUSADA PELO ACÚMULO DE LACTATO?


Por Prof. André Yamada,
Classicamente a dor muscular do dia seguinte tem sido atribuída ao acúmulo de lactato na musculatura. No entanto estudos atuais mostram outra teoria, de que a dor muscular é desencadeada pelo próprio metabolismo.


A contração muscular e o ambiente de hipóxia (falta de oxigênio) podem afetar as terminações nervosas livres e assim provocar a dor. Uma outra causa não menos importante são as microlesões celulares que ocorrem nos músculos exercitados. Com o esforço intenso a membrana da célula muscular se rompe e libera uma enzima na corrente sanguínea a CK. Assim, um dos marcadores mais utilizados para mostrar o rompimento da integridade muscular é a Creatina Kinase (CK) que se extravasa pelo sangue.


Um elegante estudo nacional demonstrou que o lactato é removido imediatamente 2 horas após o exercício físico e antes dos sintomas da dor muscular. Isso mostra claramente que o lactato serve como uma importante fonte de energia para diversos tecidos e não como vilão. Um dos mecanismos que podem ser explicados pela dor do dia seguinte é a formação de fragmentações protéicas decorrentes no interstício celular e que provocam aumento de pressão ativando as terminações nervosas livres dos músculos. Estas são responsáveis pelas captações de alterações dos compartimentos químicos celulares e da pressão, que produzem a sensação de dor, sensibilidade à temperatura (calor), propriocepção, e trato grosseiro. Assim, caros amigos as coisas são bem mais complexos do que pensamos.


Ou seja, os complexos mecanismos da maquinaria humana no contexto da bioquímica do exercício sempre serão um desafio para atletas, treinadores, pesquisadores e profissionais que lidam com a fisiologia do exercício. Portanto, bom treino a vcs! Ah, e após os treinos não esqueçam do que escrevi. Se tiverem sentindo dores não se preocupem que podem ser uma resposta adaptativa. Mas se essa dor aumentar procure um especialista!
André Katayama Yamada, aluno de Pós-Graduação (Mestrando) em Ciênciasda Motricidade (Biodinâmica da Motricidade Humana)Linha Fisiologia Endócrino-Metabólica.Laboratório de Nutrição, Metabolismo e Exercício, UNESP-Rio Claro,

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Falar palavrão pode aliviar dor física, diz estudo


Fonte: G1

Palavrões aumentariam ritmo de batimentos cardíacos e agressividade, o que diminuiria sensação de dor física.Falar palavrões pode ajudar a diminuir a sensação de dor física, segundo um estudo da Escola de Psicologia da Universidade de Keele, na Inglaterra, publicado pela revista especializada NeuroReport.


No estudo, liderado pelo psicólogo Richard Stephens, 64 voluntários colocaram suas mãos em baldes de água cheios de gelo, enquanto falavam um palavrão escolhido por eles.Em seguida, os mesmos voluntários deveriam repetir a experiência, mas em vez de dizer palavrões, deveriam escolher uma palavra normalmente usada para descrever uma mesa.Enquanto falavam palavrões, os voluntários suportaram a dor por 40 segundos a mais, em média. Seu relato também demonstrou que eles sentiram menos dor enquanto falavam palavrões.O batimento cardíaco dos voluntários também foi medido durante a experiência e se mostrou mais acelerado quando eles falavam palavrões.


Os cientistas acreditam que o aumento do ritmo de batimentos cardíacos pode indicar um aumento da agressividade, que, por sua vez, diminuiria a sensação de dor.Para os cientistas, no passado isso teria sido útil para que nossos ancestrais, em situação de risco, suportassem mais a dor para fugir ou lutar contra um possível agressor.O que está claro é que falar palavrões provoca não apenas uma resposta emocional, mas também uma resposta física, o que pode explicar por que a prática de falar palavrões existe há séculos e persiste até hoje, afirma o estudo.


"(A prática de) Falar palavrões existe há séculos e é quase um fenômeno linguístico humano universal", diz Stephens."Ela mexe com o centro emocional do cérebro e parece crescer no lado direito do cérebro, enquanto que a maior parte da produção linguística ocorre do lado esquerdo. Nossa pesquisa mostra uma razão potencial para o surgimento dos palavrões, e porque eles persistem até hoje."Um estudo anterior, da Universidade de Norwich, mostrou que o uso de palavrões ajuda a diminuir o estresse no ambiente de trabalho.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Pílula da Juventude eleva expectativa de vida para 110 anos


Fonte: Diário da Saúde

Outro mistério da Ilha de Páscoa

As gigantescas estátuas de pedra da Ilha de Páscoa continuam impassíveis, há 13 séculos, esperando por alguém que consiga explicar como elas foram construídas e como foram carregadas por uma ilha quase sem recursos naturais.Mas agora a ilha começa a revelar um outro mistério: um composto químico, encontrado no solo da ilha, pode se transformar em uma pílula da juventude, capaz de aumentar o tempo de vida entre 28% e 38%. Em uma pessoa com expectativa de vida de 80 anos, isso significa que ela poderia atingir uma idade entre 102 e 110 anos.


Pílula da Juventude

Pesquisadores da Universidade do Texas (EUA) conseguiram sintetizar o composto, que foi batizado de rapamicina - em homenagem ao nome polinésio da Ilha de Páscoa, que é Rapa Nui. A pesquisa foi publicada no exemplar desta quinta-feira da revista Nature.A "pílula da juventude" por enquanto foi testada apenas em camundongos, resultando em um aumento do tempo de vida dos animais entre 28 e 38%. Em termos humanos, isso seria mais do que o ganho esperado em anos extras de vida se todas as doenças do coração e o câncer pudessem ser evitados e curados.


A rapamicina foi dada aos camundongos em um período de suas vidas que equivaleria a dar o medicamento a um humano com 60 anos de idade."Eu estou na pesquisa sobre o envelhecimento há 35 anos e vi muitas intervenções chamadas antienvelhecimento ao longo desses anos que nunca tiveram sucesso," diz o Dr. Arlan G. Richardson, um dos envolvidos na descoberta."Eu nunca pensei que iria encontrar uma pílula antienvelhecimento para as pessoas ao longo de toda a minha vida; entretanto, a rapamicina está se mostrando muito promissora em fazer exatamente isso," diz ele.


Rapamicina

A rapamicina foi descoberta nos anos 1970. O composto chamou a atenção por suas propriedades antifúngicas e mais tarde passou a ser usada para evitar rejeição de órgãos transplantados. Ela é também usada em stents implantados em pacientes cardíacos durante cirurgias de angioplastia para manter as coronárias abertas. E atualmente está sendo estudada para uso no combate ao câncer.


Agora os cientistas descobriram que a adição da rapamicina à dieta de camundongos velhos aumenta seu tempo de vida significativamente. Os testes foram repetidos em três centros de pesquisas e os resultados foram os mesmos em todos eles.


Formas de evitar o envelhecimento

Os pesquisadores do envelhecimento atualmente conhecem apenas duas formas de aumentar o tempo de vida em mamíferos: a restrição calórica e a manipulação genética.


A rapamicina aparentemente desabilita as mesmas rotas moleculares sobre as quais age a restrição da ingestão de alimentos calóricos.Ela faz isto por meio de uma proteína chamada mTOR, que controla vários processos no metabolismo das células e que responde ao estresse.


Microencapsulamento

A rapamicina não é estável o suficiente para ser utilizada como alimento, não conseguindo superar o trato digestivo para atingir a corrente sanguínea.Para superar essa deficiência, os cientistas utilizaram uma técnica chamada microencapsulamento, um processo por meio do qual um composto químico recebe um revestimento na forma de micropartículas, permitindo que rapamicina passe pelo estômago, sendo liberada no intestino, de onde ela atinge a corrente sanguínea.


Aumento do tempo de vida

O objetivo original era começar a alimentar os camundongos com 4 meses de idade, mas por causa da demora no desenvolvimento do microencapsulamento, os camundongos só começaram a receber o composto quando tinham 20 meses de idade - o equivalente a um homem com 60 anos de idade."Eu acreditava que não iria funcionar porque os camundongos eram muito velhos quando o tratamento começou," diz o Dr. Richardson. "A maioria das pesquisas indica que a restrição calórica não funciona quando adotada em animais muito velhos. O fato de que a rapamicina aumentou o tempo de vida de camundongos relativamente velhos foi totalmente inesperado."


Efeitos colaterais graves

Agora começarão os estudos com vistas a testar a rapamicina em humanos visando o aumento da longevidade. Uma pílula da juventude que possa ser comprada na farmácia, contudo, não deverá estar disponível em pouco tempo. Isso porque, em seu uso médico atual, a rapamicina apresenta uma série de efeitos colaterais graves.Contudo, a pesquisa poderá apontar novas formas de atuação sobre as rotas químicas do corpo humano que levem ao longamente sonhado objetivo de uma vida mais longa e saudável. Nesta semana, outra pesquisa revelou que os morcegos podem ter uma dica para uma vida mais longa para os humanos - Cientistas descobrem uma "fonte da juventude" em caverna de morcegos.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Estudo aconselha atletas a beber cerveja todos os dias


Pessoal, estou colocando este estudo um pouco polêmico.!!!rsrss abraços e boa leitura!


Fonte: Portal Terra

Além de matar a sede e relaxar, a cerveja ajuda na recuperação após a prática esportiva. A afirmação é do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) da Espanha, que apresentou um estudo defendendo o consumo moderado da cerveja para os atletas como fonte de hidratação diária.

O estudo "Idoneidade da cerveja na recuperação do metabolismo dos desportistas", apresentado nesta terça-feira, foi baseado em relatórios e pesquisas de especialistas em medicina, fisiologia e nutrição da Universidade de Granada com o aval do CSIC. Segundo o documento, os componentes da cerveja ajudam na recuperação do metabolismo hormonal e imunológico depois da prática desportiva de alto rendimento e também favorece a prevenção de dores musculares.A tese é defendida pelo cardiologista e ex-jogador de basquete da seleção espanhola, Juan Antonio Corbalán, medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles (1984). O estudo foi realizado em dois anos e recomenda o consumo de três tulipas de 200 ml de cerveja (ou de 20g a 24g de álcool) para homens e duas para mulheres (10g a 12g) por dia; volume que os autores do relatório definem como moderada.


Cerveja ou suco de laranja?


De acordo com os pesquisadores, a cerveja contém 95% de água e é a bebida alcoólica com menor gradação (5% em média). Uma tulipa de 200 ml possui 90 calorias, o mesmo que um copo de suco de laranja. Para chegar a essa conclusão de consumo na dieta de desportistas, os cientistas fizeram pesquisas com 16 atletas universitários com idades entre 20 e 30 anos, em boa forma física e que alcançavam uma velocidade aeróbica máxima (VAM) de 14 km/h.Além disso, todos deveriam ser consumidores habituais e moderados de cerveja, manter uma dieta mediterrânea, não ter hábitos tóxicos nem antecedentes familiares de alcoolismo. Os testes foram feitos durante três semanas em baterias diárias de uma hora de corrida, sob calor de 35º, 60% de umidade relativa e duas horas de pausa para hidratação.Nesse intervalo os atletas bebiam água ou cerveja (máximo de 660 ml), alternando as bebidas em cada pausa de hidratação para comparar resultados.


"Tão boa quanto água"


A conclusão foi que a cerveja permitia recuperar as perdas hídricas e as alterações do metabolismo tão bem quanto a água. Os cientistas usaram parâmetros indicativos como: composição corporal, inflamatórios, imunológicos, endócrino-metabólicos e psico-cognitivos (coordenação, atenção, campo visual, tempos de percepção-reação, entre outros) para comprovar que o álcool não afetava a atividade de hidratação.O estudo destaca ainda que a cerveja contém substratos metabólicos que substituem algumas substâncias perdidas durante o exercício físico como aminoácidos, minerais, vitaminas e antioxidantes. Mas apesar desta defesa do consumo da cerveja, os pesquisadores espanhóis afirmam que o consumo nunca deve passar da moderação, porque o excesso de álcool não se metaboliza e, por isso, afeta o sistema nervoso central.No caso dos desportistas a recomendação do relatório é beber durante as refeições. Nunca momentos antes de praticar exercícios nem logo depois. O intervalo indicado para a cervejinha da hidratação é de duas horas antes ou depois de suar.

domingo, 5 de julho de 2009

Frio e poluição traz riscos a quem se exercita em ruas de tráfego intenso



Fonte: Veja.com.br


Corrida perigosa


A baixa umidade e a inversão térmica típicas do inverno, que dificultam a dispersão dos poluentes, são um problema e tanto para quem pratica atividades físicas ao ar livre, principalmente em áreas de tráfego intenso. "Durante os exercícios, a quantidade de ar inalada é até vinte vezes maior que em repouso", explica Paulo Zogaib, fisiologista e médico do esporte da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "O aumento no volume de gases nocivos aspirados nesta época do ano pode causar a contração dos brônquios, o que diminui a capacidade respiratória." Segundo o pneumologista Ubiratan de Paula Santos, do Instituto do Coração (Incor), meia hora de atividades em regiões com grande concentração de monóxido de carbono, gás tóxico emitido pelos escapamentos dos carros, equivale a fumar dez cigarros. "Alguém com problema cardiovascular está arriscado a sofrer uma arritmia cardíaca e até morte súbita."


Os poluentes também comprometem o rendimento. Foi o que mostrou uma pesquisa conduzida pelo professor de fisiologia da Unifesp Raul Santo. Ele levou 25 bombeiros saudáveis, não fumantes e que faziam exercícios regularmente a um teste físico nos municípios de Bertioga e Cubatão. O resultado foram uma frequência cardíaca mais elevada e um aumento maior da pressão arterial após a prova realizada em Cubatão, cidade com altos níveis de contaminação do ar, em comparação com o registrado em Bertioga. "A poluição exige uma sobrecarga do organismo", diz Santo. "Gasta-se muito mais energia para realizar o mesmo trabalho." Para a analista financeira Meire Mombeli, que costuma correr no canteiro central da Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Melo, na Zona Leste, o ar fica um pouco melhor pela manhã, quando há menos carros na via. "Mas, mesmo que eu tenha de me exercitar no fim da tarde, acho mais interessante do que ir para a academia", conta. "Correr na esteira é muito monótono."


Há quem desista de se exercitar nas ruas por causa da qualidade do ar. A estudante Caroline Aburaya trocou as avenidas do Butantã pelo Parque Villa-Lobos depois de ficar com a garganta irritada. "É muito mais estimulante, dá para sentir o cheiro da vegetação", afirma. Em áreas verdes, a situação não é animadora. Um estudo da engenheira florestal Ana Paula Garcia Martins, doutoranda do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Universidade de São Paulo (USP), mostrou que cascas de árvores situadas nas bordas dos parques Ibirapuera, Aclimação, Luz, Previdência e Trianon apresentam três vezes mais concentração de ferro, zinco, enxofre e cobre que as da vegetação localizada no centro desses mesmos lugares.




"Como as pistas de corrida normalmente ficam próximas às áreas externas, as pessoas acabam respirando ar contaminado como quem está do lado de fora", diz Ana Paula. É importante frisar que ninguém precisa deixar de fazer exercícios em ruas e parques por causa desses problemas. "A 150 metros de grandes avenidas, o ar já apresenta uma melhora considerável", afirma o médico Paulo Saldiva, coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Crianças brasileiras têm doenças de adultos


Fonte: Agência MBPress

De tempos para cá, doenças só vistas em adultos tornaram-se comuns em crianças e adolescentes. Diabetes, hipertensão, colesterol alto e obesidade, por exemplo, têm atingido a população brasileira desde cedo em níveis perigosos. Uma pesquisa realizada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) com 1.937 crianças e adolescentes entre 2 e 19 anos mostrou que 44% dos entrevistados tinham níveis alterados de colesterol. Por isso, eles são mais propensos a ter problemas cardiovasculares. Além disso, poderão se tornar adultos obesos e com sérios problemas de saúde, caso não passem por tratamentos.

Estes problemas se dão por questões genéticas, má alimentação e sedentarismo. As crianças de hoje têm diferentes hábitos de vida. Elas quase não brincam nas ruas e passam longas horas nos computadores. Comidas gordurosas, como as frituras, ocupam mais espaço no cardápio do que verduras e frutas.

Estes hábitos, somados a fatores de risco, influenciam na proliferação de doenças cardiovasculares. Elas geralmente têm início na infância, mas costumam se manifestar depois dos 40 anos.

Geralmente, os pais têm dificuldade para identificar essas doenças em seus filhos, pois seus sintomas não são aparentes. As pessoas ainda tendem a achar que uma criança gordinha é sinônimo de saúde, quando na verdade é propensa a se tornar um adulto obeso.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a hipertensão está presente em até 8% dos jovens, o colesterol atinge cerca de 35% e o tabagismo 34%, das crianças em dez capitais brasileiras. Enquanto isso, 10% das pessoas até 15 anos são obesas, sendo a maioria na região sudeste do país.

Alguns pais até se sentem culpados por não deixarem os filhos fazerem e comerem o que quiserem. Porém, os especialistas desta área afirmam que prevenir é o melhor remédio. O filho de Fernanda de Souza demorou quase um ano para perder 17 quilos e hoje já se sente melhor. Por meio de hábitos saudáveis, ele aprendeu que comer demais só o prejudicava. Se não houvesse esta mudança, o menino seria forte candidato a apresentar diabetes ao longo dos anos.

Deve-se orientar a alimentação, diminuir gorduras e açúcares. Obesidade é demonstração de que o estilo de vida está errado. Isso ajuda no aumento da diabetes, hipertensão e arteriosclerose. Para ajudar crianças neste estado, uma refeição de três em três horas e o aumento das atividades físicas são capazes de melhorar a saúde.
O melhor é incentivar a boa alimentação e a prática de exercícios físicos desde a infância dos filhos, para não acarretar problemas sérios mais tarde.