quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O papel da endorfinas na atividade física


Fonte: CyberDiet

Você já ouviu falar que exercício vicia? Algumas pessoas realmente são viciadas em atividade física. Esta dependência causada pelo exercício é atribuída às concentrações elevadas de endorfina produzidas por determinados exercícios.Muitas pessoas se sentem irritadas, ansiosas, depressivas e com péssimo humor quando deixam de fazer exercícios físicos.

ENDORFINA é uma substância natural produzida pelo cérebro durante e depois de uma atividade física que regula a emoção e a percepção da dor, ajudando a relaxar e gerando bem estar e prazer. A endorfina é considerada um analgésico natural, reduzindo o estresse e a ansiedade, aliviando as tensões e sendo até recomendado no tratamento de depressões leves.Há pessoas que não gostam tanto do exercício, mas da sensação de bem estar de tê-los feito. Assim sendo, a liberação de endorfina que gera a sensação de bem estar, provoca esse estado de plenitude que experimenta o praticante regular de atividade física.Mas esta liberação de endorfina depende das características da atividade física que estamos praticando.

Entretanto, como se trata de um mecanismo provocado pela adaptação do corpo ao exercício, ela vai sendo liberada gradualmente desde o início da atividade.m determinado momento, porém, atinge um limiar de produção que a torna perceptível e surge a sensação de bem-estar que persiste mesmo depois de terminado o exercício.Algumas pesquisas afirmam que os efeitos da endorfina são sentidos até uma ou duas horas após a sua liberação. Outros estudos observaram aumento das dosagens desse hormônio até 72 horas após o exercício.A endorfina é produzida na hipófise e liberada para o sangue juntamente com outros hormônios como o GH e o ACTH que estimula a produção de adrenalina e cortisol.

A intensidade e a duração do exercício parecem ser responsáveis pela concentração de endorfina no sangue.Após exercícios de intensidade leve a moderada (menor que 60% do VO2 max) não foi verificado aumento da taxa de endorfina no sangue.Um estudo comparativo entre um exercício aeróbio (com cargas crescentes de intensidade) e outro anaeróbio (com duração máxima de 1 minuto) encontrou concentrações plasmáticas aumentadas de endorfina de forma muito semelhante.No exercício aeróbio esse nível alto de endorfina foi encontrado após ter sido alcançado o limiar anaeróbio (cerca de 75% do VO2 max). Observou-se também relação direta entre as concentrações de endorfina e outros hormônios relacionados à atividade física como o ACTH e adrenalina.

Não existe um tempo de exercício pré-determinado a partir do qual a endorfina começa a ser liberada mais intensamente. Estudos, já citados acima, demonstraram que tanto exercícios aeróbios quanto anaeróbios podem provocar um aumento de sua concentração.Desta forma, se torna importante fazer uma avaliação física antes de iniciar os exercícios, para que você conheça o seu nível de condicionamento físico bem como limiares aeróbio e anaeróbio, e possa trabalhar de forma correta e segura.Insista nos exercícios aeróbios de 5x a 6x por semana, na musculação de 3x a 5x por semana e nos alongamentos. Sinta este bem estar!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Comentário do Resultado da Pesquisa!




Olá Pessoal, tudo bem? Muito Obrigado pelo volume crescente de pessoas acessando o blog e gostaria de pedir a todos que indicassem o nosso blog para outras pessoas que tenham o interessem em ler materias sobre atividade física. O acesso esta cada vez maior. Obrigado a todos!

Hoje eu irei comentar sobre o resultado da nossa enquete no blog da Fit.Fiz uma pergunta: " Se você busca o emagrecimento através do exercicio?" e 86% das pessoas responderam que sim. Isso é muito interessante, pois é o que nos vemos no dia a dia. Mas muitas pesssoas, buscam a atividade fisica só pela parte estética mesmo se esquecendo muitas vezes do beneficio que proporciona a sua saúde como a regularização dos niveis de gordura e açucar no sangue, a melhora do sono, a melhora do condicionamento físico e etc... coisas que geram resultados em apenas duas semanas de treinamento ou prática de atividade física. O Resultado na balança, demora um pouco mais de tempo!

Foi feita uma pesquisa recente elaborado pela Veja onde perguntaram se a pessoa queria os beneficios que a atividade fisica proporciona. E qual foi o resultado? 99% das pessoas disseram que sim. Que otimo não? Fizeram depois outra pergunta, se sabendo disso as pessoas que queriam e sabiam deste beneficio e não estavam realizando atividade fisica, porque não estavam fazendo e qual foi a resposta? Mais de 80% disseram que o problema era a falta de tempo e preguiça!

Não é por falta de informação que as pessoas não realizam atividade fisica, ou se tornam mais ativas. Não é preciso muito, basta somente 30minutos de exercicio por dia para que você possa ter todos estes beneficios que a atividade física proporciona!

Vamos lá, mantenham o foco e invistam em sua sáude!

domingo, 25 de outubro de 2009

Caminhada reduz pressão arterial por até 24 horas


Fonte: Diário da Saúde

Benefícios duradouros

Uma boa notícia para os 29 milhões de hipertensos no Brasil. Pesquisa na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP comprovou que a caminhada reduz a pressão arterial na primeira hora e essa queda se mantém nas 24 horas subsequentes.Segundo dados das Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, são 27 milhões de hipertensos com mais de 18 anos e 2 milhões de crianças e adolescentes que enfrentam o problema.


Pressão sistólica e diastólica

Após uma única sessão desse exercício aeróbico, na média, a pressão arterial sistólica (valor maior, quando o coração se contrai bombeando o sangue) caiu 14 milímetros de mercúrio (mm Hg) e a pressão arterial diastólica (valor inferior, quando o coração relaxa entre duas batidas cardíacas) caiu 4 milímetros, ou seja, de 13 por 9, por exemplo, passou para 11 por 8. Vinte e quatro horas depois essa pressão continuou reduzida em 3 milímetros na pressão sistólica e 2 milímetros na diastólica.


Exercício aeróbico em pista

A pesquisa teve início em fevereiro de 2007 e terminou em julho de 2009. Foi avaliada uma amostra da população cadastrada nos Núcleos da Saúde da Família de Ribeirão Preto, que estão na área do Centro de Saúde Escola da FMRP, com idade entre 60 e 75 anos.Inicialmente foram selecionados 10% dos idosos como amostragem representativa, cerca de 100, mas somente 23 incluídos na pesquisa. Os participantes realizaram uma sessão aguda de 40 minutos de caminhada, seguida de uma sessão de repouso também de 40 minutos. Os resultados apontaram que a redução é mais expressiva naqueles com pressão arterial elevada e menor naqueles com pressão arterial normal.O diferencial desse estudo, segundo Leandra, é o fato de ter sido analisado o impacto do exercício aeróbico em pista, na modalidade caminhada, enquanto até agora todos os trabalhos descritos na literatura terem sido realizados em esteira e bicicleta ergométrica.


Dispensa dos medicamentos

Ainda, segundo Leandra, o uso crônico do exercício pode levar à diminuição gradativa e até ao não uso de medicamentos para os hipertensos leves e, ainda, como método coadjuvante no tratamento com medicamentos nos casos mais graves."Os efeitos desse estudo sobre a população geram um resultado imediato e positivo no paciente com pressão alta e promove uma enorme conscientização quantos aos benefícios do exercício naqueles que não apresentam níveis elevados de pressão. Com isto, o gasto financeiro com medicações tende a diminuir e a qualidade de vida melhorar."Para a orientadora da pesquisa, professora colaboradora da FMRP, Nereida Kilza da Costa Lima, é interessante essa comprovação, pois foi testado um tipo de exercício viável a qualquer pessoa, pois boa parte dos idosos brasileiros não tem acesso a academias de ginástica onde são comuns as esteiras e bicicletas ergométricas.


Exercícios regulares

Já para o presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, professor Fernando Nobre, esse estudo comprova, mais uma vez, os benefícios do exercício físico nos pacientes com hipertensão arterial e como prevenção nos normotensos, aqueles com pressão arterial normal."Nas diretrizes americanas para o tratamento da hipertensão arterial está estabelecido que atividades físicas por 30 minutos, pelo menos, de 3 a 5 vezes por semana podem reduzir a pressão arterial máxima de 4 a 9 mm Hg. Vejo nesse estudo uma grande contribuição para reafirmar a necessidade de práticas regulares e apropriadas de atividades físicas, na população em geral e na de idosos em particular", afirma.


Hipertensão entre idosos

Segundo o médico e geriatra Eduardo Ferrioli, professor da FMRP, que participou do estudo, a pressão arterial é uma das doenças de maior prevalência entre os idosos, chegando a quase 50%."Apesar de atualmente haver uma mudança da postura dessa população, resultante de campanhas de incentivo à prática de exercícios físicos e recomendações dos profissionais de saúde, essa pesquisa mostra que uma pessoa pode não depender só de medicamentos para combater a hipertensão, uma simples caminhada pode resolver o problema." Outro aspecto apontado pelo professor Ferrioli como importante é a certeza de que a mudança no estilo de vida pode ajudar no controle da hipertensão arterial, ou seja, uma postura mais positiva em relação à saúde só contribui para uma melhor qualidade de vida.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Lesões musculares mais comuns em corredores




Fonte: O2 por Minuto

Conheça alguns dos problemas mais comuns entre os praticantes de corrida. Saiba suas principais causas e como evitá-los


Em um esporte que exige grande potência muscular, como a corrida, as lesões musculares são um dos maiores temores dos praticantes, já que esse tipo específico de contusão representa grande parte dos problemas sofridos pelos atletas de corridas de rua.“No universo da corrida, as lesões musculares respondem por aproximadamente metade das lesões esportivas, justificando a grande quantidade de estudos realizados nessa área”, explica André Pedrinelli, Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte da Universidade de São Paulo (USP).“Esse tipo de lesão é tão comum para os corredores por causa da repetição em excesso de movimentos. Não que a prática do esporte seja ruim, pelo contrário. Mas o atleta deve tomar cuidado para não ir além do que seu corpo suporta no momento, pois senão as chances desse tipo de contusão ocorrer aumentam”, completa Páblius Staduto Braga da Silva, médico do esporte do Hospital 9 de Julho.

As mais comuns
Apesar de o corredor estar sujeito a diversos tipos de lesões, algumas são mais usuais. Por isso, o Dr. Páblius Staduto listou as principais contusões musculares para os corredores.Dor: “As dores musculares podem representar o começo de uma lesão mais grave. Surgem normalmente por causa da fadiga muscular, e é importante que o corredor comece a ter uma atenção maior quando senti-las”.Tendinite: “A tendinite é a inflamação que surge com uma carga excessiva em cima do tendão, que é um tecido mais rígido. Somando o tratamento e o período de recuperação, essa lesão leva em média três semanas para ser curada”.Bursite: “A bursite também ocorre por causa de uma inflamação gerada pelo movimento excessivo, e se dá nas bolsas sinoviais, localizadas próximas às articulações, que servem como amortecedores para as áreas de maior atrito do corpo”.Distensão: “As distensões ocorrem principalmente pelo uso dos músculos além da sua capacidade. São lesões mais graves, e seu tratamento e recuperação normalmente levam mais que um mês”.

Prevenção e tratamentos
Algumas pessoas podem estar mais sujeitas a certos tipos de lesão, desta forma uma avaliação médica é importante antes de serem dadas as primeiras passadas. Além disso, o treinamento em excesso é um dos principais fatores para o desenvolvimento dessas lesões.“O overtraining é uma das maiores causas das lesões musculares. Por isso o corredor deve ficar atento às pequenas dores que surgem no início, pois elas podem se transformar em algo mais grave”, fala Staduto.

Uma boa forma de prevenção desse tipo de contusão é o aquecimento. “O aquecimento apresenta boas propriedades preventivas, pois aumenta extensibilidade muscular, temperatura por atividade metabólica e auxilia no alongamento de músculos e tendões por produção de força muscular ativa”, explica Pedrinelli.

O início da recuperação de uma lesão muscular invariavelmente começa com a pausa dos exercícios, como diz Staduto. “Quando a lesão é detectada, o atleta deve cessar seus treinamentos e ficar em repouso total. O uso de antiinflamatórios é normalmente aplicado, mas sempre com a avaliação de um médico. O uso de gelo para diminuir as dores também é utilizado”.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Cansaço durante o treino sinaliza falta de preparo físico ou problemas de saúde

Fonte: Minha Vida


Hidratação, respiração, alimentação e período de descanso amenizam o problema

Um, dois, três, quatro. Quatro, três, dois, um! De novo: um, dois, três, qua-tro, trêeees, d-o-i-s.... Afê. Não aguento, chega! Parece engraçado, mas essa sensação de cansaço é muito comum e atrapalha muita gente na hora de treinar. Falta de preparo físico, respiração errada, pouco descanso, desidratação e alimentação incorreta são algumas das principais causas do problema. "Muita gente começa a treinar achando que a quantidade de exercícios interfere no resultado final e daí exageram na medida, descansam pouco, malham demais e assim comprometem a saúde", explica Valéria Alvim, personal trainer do MinhaVida."Se o problema é a falta de preparo físico, o treino tem que ser gradativo. Para que o aluno melhore o rendimento, não basta ficar sempre na mesma intensidade. É necessário que comece a receber pequenos estímulos para que a frequência cardíaca varie entre a alta e a normal. Só assim o condicionamento físico vai melhorar e o aluno vai poder dar adeus ao cansaço, explica o atleta Leandro Carvalho, especialista do MinhaVida. Logo abaixo, seguem as dicas para te ajudar a afastar a falta de pique e manter a forma.

O primeiro passo

Faça uma avaliação física antes de iniciar o treino. É por meio dela que detectamos problemas de saúde e descobrimos o treino mais adequado. A avaliação é simples e pode ser feita na academia, hospital, laboratório ou clube. "Com a avaliação, podemos programar a intensidade e a potência do treino, sem prejuízos para a saúde", diz Valéria. O programa de treinamento deve ser progressivo, ou seja, avançar de acordo com o nível de condicionamento físico e necessidade do aluno.

Você sabe como está a sua pressão?

A pressão sanguínea demonstra a resistência do seu coração. Se você tem um melhor condicionamento físico, em decorrência da prática regular de exercícios físicos, e segue uma alimentação balanceada, a pressão fica mais baixa. Por isso, o exercício é um ótimo aliado para prevenir e controlar a pressão alta. Durante o exercício físico, a pressão tende a subir, mas o nosso organismo se adapta a situação, permitindo a dilatação ou constrição dos vasos sanguíneos, ajudando a mantê-la estável. Se ela se alterar muito, é sinal de que tem algo errado com o seu organismo.

Nível de ferro

Um dos motivos para o cansaço que impossibilita a manutenção do nível de esforço pode ser a ocorrência de anemia, que caracteriza-se pela baixa quantidade de ferro no organismo. "O médico deverá interpretar o seu exame para decidir se você deve ou não malhar e qual seria a intensidade do treino", explica a personal.Nível de colesterolEle também indica como anda seu coração, e se as taxas de gordura no sangue não estão elevadas ao ponto de obstruir as artérias e aumentar a pressão sanguínea. "A malhação é mais do que adequada para combater o problema, porém, se feita na dose errada, pode trazer consequências sérias", alerta Valéria.

Gordura corporal

"Se os índices de gordura corporal forem altos, a tendência é que a pessoa sinta mais cansaço até voltar ao peso ideal. Valéria explica que nesses casos, o ideal é que treinador e nutricionista trabalhem juntos para não deixar que o atleta exagere na dose de exercícios e comprometa a saúde".

Depois do check up, o treino1. Mantenha uma rotina de 4 a 6 vezes por semana de exercícios regularmente2. Comece devagar, faça exercícios de 3 a 4 vezes por semana em dias alternados e vá aumentando a intensidade e os dias de exercício.3. Faça um bom aquecimento antes dos exercícios e alongamento depois do treino4. Beba água na quantidade certa. A hidratação é fundamental para repor líquido e nutrientes, perdidos durante os exercícios. "Muitas pessoas perguntam qual a quantidade de água ou isotônico a ser tomada durante o exercício. Há uma recomendação de tomar 200 ml cerca de 1 hora antes dos exercícios, de 80 a 120 ml a cada 15 minutos de exercício e até 1 litro depois dos exercícios, em pequenos goles, mas não dá para generalizar", diz Valéria.5. Use roupas e calçados apropriados para a atividade que você irá fazer. As roupas devem ser leves. Se forem pesadas e muito quentes, poderão aumentar o cansaço durante o exercício. O mesmo serve para os calçados. Se forem inadequados, poderão incomodar e até machucar os pés durante e depois do exercício e causar cansaço em excesso.6. Use boné, óculos e protetor solar se você estiver treinando na rua e prefira um horário em que o sol está mais fraco7. Respeite o seu limite e período de descanso de acordo com o seu nível de condicionamento físico e a atividade praticada. "Investir pesado não significa resultados mais rápidos, ao contrário, o descanso é fundamental para alcançar suas metas", alerta Valéria.8. Respire pela boca, pois há um maior fluxo de oxigênio. Quanto mais intenso, mais curta se torna a respiração. É importante fazer exercícios respiratórios para melhorar o seu fluxo respiratório. A yoga é uma boa dica para melhorar a respiração.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

ALTERAÇÕES HORMONAIS EM RESPOSTA AO EXERCÍCIO FÍSICO


Por Prof. André Yamada


Hoje vou falar uma dos fenômenos mais interessantes e importantes que regulam o funcionamento do nosso organismo. Sabidamente todo ser humano possui uma maquinaria homeostática capaz de controlar sinais vitais como pressão arterial, temperatura corporal. Hormônios são substâncias excretadas pelas glândulas e que são transportados até a corrente sanguínea com a finalidade de atingir órgãos alvo.


A função dos hormônios é sinalizar para as células respostas específicas. O exercício então, pode ser considerado um potente estimulador dos hormônios, fazendo com que estes trabalhem harmoniosamente direcionando para os benefícios da saúde humana. A partir desses conhecimentos é importante salientar o conceito dos hormônios e as interações com a atividade física ou esporte. Por exemplo, a insulina é um hormônio anabólico produzido pelas células beta do pâncreas nas ilhotas Langerhans que tem a principal função de captar a glicose da corrente sanguínea para dentro das células.


O exercício faz aumentar a sensibilidade desse hormônio mantendo os níveis de glicose em valores normais com a prática crônica do exercício. O treinamento físico parece aumentar o número de proteínas transportadoras de glicose (GLUT-4), que leva a glicose para a musculatura esquelética exercitada. O exercício físico é nesse sentido, uma terapia não farmacológica para o diabetes mellitus. Outros hormônios como o cortisol e o GH são ativados durante a prática do exercício e são conhecidos como hormônios contra-reguladores, pois atuam de forma antagônica à ação da insulina.


O cortisol é conhecido como hormônio do estresse, pois em condições como jejum e traumas seus níveis se encontram aumentados. Já o GH é um hormônio anabólico e que está relacionado com o crescimento de diversos tecidos. Então quando se inicia uma atividade física, os hormônios cortisol e GH se elevam em contrapartida a insulina abaixa. Esse mecanismo é importante para a manutenção da glicose plasmática, já que a própria musculatura capta a glicose. Além disso, o nosso cérebro é o tecido com maior necessidade da glicose. Durante o descanso após a atividade física as concentrações de GH se elevam fazendo restaurar todo o estresse imposto sobre as células.


Outro exemplo de hormônio, são as catecolaminas que se elevam decorrentes do aumento da freqüência cardíaca e fluxo sanguíneo, ativando as atividades simpáticas. Isso faz, aumentar a temperatura corporal e a freqüência respiratória, levando o fluxo de sangue das vísceras para a musculatura exercitada. A testosterona é um hormônio sintetizado pelo colesterol nos testículos por reações enzimáticas. Ela é responsável pela massa muscular e agressividade principalmente nos homens. O treinamento de força aumenta as concentrações de testosterona o que potencializa a hipertrofia.


Além disso, o exercício moderado pode liberar a endorfina que estimula o bem estar e diminui a ansiedade e cansaço do dia-a-dia. O controle da fome também é regulada por hormônios como a leptina e grelina, sendo que o exercício contribui para a regulação destes. Quanto mais obeso é o indivíduo maior são os níveis de leptina. Por fim, os hormônios regulam diversas funções fisiológicas importantes, tendo o exercício físico como coadjuvante de prevenções de diversas patologias relacionadas à regulação hormonal.


André Katayama Yamada, Formado em Educação Física Bacharelado UNIMEPPerformance Humana. Mestrando em Ciências da Motricidade (Biodinâmicada Motricidade Humana)Linha Fisiologia Endócrino-Metabólica.Laboratório de Nutrição, Metabolismo e Exercício, UNESP-Rio Claro,Campus Bela Vista

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Efeito psicológico dos exercícios é melhor do que o físico


Fonte: AFP

O simples ato de fazer exercícios e não se submeter a um treinamento intenso ou ter condição atlética contribui com um forte efeito psicológico, e pode fazer com que a pessoa passe a ter uma imagem melhor de si mesma, conclui um estudo divulgado nesta quinta-feira pela Universidade da Flórida."A pessoa poderia pensar que, por estar mais preparado fisicamente, experimentaria maiores benefícios em termos de imagem corporal, mas não é o que constatamos", afirma Heather Hausenblas, especialista em psicologia do exercício.


"Os requerimentos para ter os efeitos psicológicos positivos do exercício, incluindo a imagem corporal, diferem substancialmente dos benefícios apenas físicos", acrescentou.O estudo, publicado em setembro no Journal of Health Psychology, indica que a imagem corporal negativa praticamente se converteu em uma epidemia nos últimos 20 anos, e menciona que pesquisas nos Estados Unidos que mostram que 60% dos adultos afirmam não gostar de como veem seu corpo.


Os americanos gastam milhares de milhões de dólares por ano em produtos destinados a melhorar o físico, incluindo dietas e cosméticos, afirma o trabalho."A insatisfação com o próprio corpo é um grande problema em nossa sociedade, e corresponde a todo tipo de conduta negativa como dietas repentinas e desequilibradas, vício do cigarro, uso de esteróides e cirurgias estéticas desnecessárias", afirma Hausenblas."Afeta homens e mulheres de todas as idades e começa com meninas com idades de até 5 anos, que já dizem que não gostam de seu corpo", acrescentou.As vantagens psicológicas do exercício, incluindo a redução da depressão ou a confiança na imagem física, são menos exploradas que os benefícios físicos extensamente pesquisados ou aceitos, enfatizam os especialistas.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Matéria sobre corrida para mulheres no Jornal de Piracicaba!


Olá pessoal! Hoje eu gostaria de trazer à vocês a matéria que saiu ontem no Jornal da Piracicaba sobre corrida para mulheres. Falei um pouco dos beneficios, do que precisa, cuidados e etc... para que toda a mulher possa começar a correr!

Gostaria de agradecer em especial a minha cliente Marilia que foi a que tirou a foto para o Jornal!


Ficarei alguns dias sem escrever pois estarei viajando hoje para o Rio de Janeiro, minha terrinha natal, mas terça feira já estamos de volta!


Bom feriado para todos e não deixem de treinar!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

PROGRESSO DAS CIÊNCIAS DO ESPORTE


Por André Yamada,


Olá caros leitores, vou falar hoje de um assunto bastante comentado na mídia e que está se desenvolvendo muito rapidamente. Houve um enorme progresso das ciências do esporte com as novas tecnologias a disposição de técnicos e atletas. Os atuais atletas conseguem ultrapassar marcas e bater recordes como nunca se tinha visto antes.


Vestimentas, suplementos, métodos de avaliação física, treinamento psicológico entre outros foram aperfeiçoados para que limites fossem ultrapassados em quaisquer circunstâncias no mundo do esporte. Como todos viram o fenomenal atleta das pistas de 100 metros assombrou o mundo quando bateu recordes mundiais sorrindo e brincando. Qual a razão de ser? É claro que a natureza o colocou a favor dos demais pelo próprio biótipo, além da sua carga genética. Mas será que o treinamento e aquela concentração psicológica antes da prova não o favorece a ser um verdadeiro campeão? Uma dos exemplos importantes é de César Cielo, ou seja, atualmente ele é o nadador mais rápido do mundo na sua prova de especialidade. Vale lembrar que ele treina até hoje nos EUA. E os jogadores da NBA como Kobe Bryant, como ele consegue ter uma força explosiva incomunal? Treinamento pesado, ou o próprio dom? E o que dizemos quanto a Michael Phelps? Será que ele ingeria aquela quantidade de calorias para o treinamento intenso, ou há algum outro segredo por trás disso?


Importante mencionar que independente dos fatores naturais a tecnologia está se desenvolvendo muito rápido. Vestimentas para diminuir o atrito na água em forma de pele de tubarão já estão disponíveis para os nadadores. O fisiologista do São Paulo também empregou na equipe algumas fitinhas sublinguais que absorvem minerais e nutrientes para a rápida recuperação dos atletas com o intuito de evitar também a desidratação. Avaliações físicas de última geração são realizadas em grandes centros para melhorar a performance de atletas.


Vários grupos de pesquisas do Brasil inclusive têm trabalhado fortemente para as pesquisas como o LABEX da UNICAMP. Eles estão desenvolvendo métodos para otimizar o rendimento de atletas com o objetivo de quantificar o esforço dos mesmos. Infelizmente também se discute na possibilidade em um futuro próximo da utilização do doping genético que será muito difícil de se detectar. Há também pesquisas que objetivam o rastreamento de genes candidatos que podem ser utilizados para detecção de talentos.


Dessa forma as ciências do esporte está fazendo o máximo para amplificar o rendimento desses atletas, mas por outro lado vamos ter que esperar o momento certo de dizer se há limites ou não para o ser humano.


André Katayama Yamada, Formado em Educação Física Bacharelado UNIMEPPerformance Humana. Mestrando em Ciências da Motricidade (Biodinâmicada Motricidade Humana)Linha Fisiologia Endócrino-Metabólica.Laboratório de Nutrição, Metabolismo e Exercício, UNESP-Rio Claro,Campus Bela Vista

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Como variar os treinos resistidos para as mulheres


Fonte: Minha Vida

Enquanto as esteiras e as salas de bike são disputadas a tapa, os aparelhos de musculação permanecem às moscas no que depender da maioria das mulheres. Loucas para emagrecer, elas esquecem a importância dos treinos com peso e focam os exercícios no condicionamento cardiovascular."Mas os exercícios com peso também ajudam na perda de peso, além de contribuírem para o fim da flacidez", afirma o educador físico Diogo Aquino, professor da academia My Fitness Club, em Campinas. Além dos aparelhos de musculação, as aulas de ginástica localizada e de body pump são alternativas para quem busca músculos mais firmes. No entanto, as três opções apresentam características diferentes e prestar atenção nelas ajuda a afastar a preguiça, obtendo resultados mais rapidamente.Para que você monte um programa de acordo com suas metas, o professor Diogo compara os métodos e dá dicas para que você escolha o melhor deles, segundo suas metas.


Musculação com aparelhos e pesinhos

Riscos para quem nunca treinou: os problemas de postura na execução dos exercícios são os mais comuns. Por isso, é muito importante frequentar uma academia e contar com o apoio de um professor, que supervisiona os movimentos e corrige os desvios. "A musculação, quando bem executada, ajuda a prevenir osteoporose e protege sua coluna. Mas os exageros podem causar lesões nas articulações e nos ossos", afirma o professor Diogo.


Maior desafio: adequar os volumes e intensidades de treinamento,assim como os exercícios, aos objetivos do aluno. O treino não pode ser muito fácil, para garantir que os músculos se desenvolvam. Mas também não pode ser muito pesado, evitando o desgaste das articulações e o rompimento das fibras musculares.

Resultados: os primeiros resultados aparecem com o ganho de força muscular, que aparece logo nas duas primeiras semanas. O resultado estético surge a partir de duas semanas de treino, principalmente se você aumenta a ingestão de proteínas. As formas ficam mais definidas e a flacidez diminui.

Meta ideal: a musculação pode ser indicada para os mais diversos objetivos, desde emagrecimento, ganho de massa muscular até reabilitação física. O segredo está na prescrição do treino, que deve ser feita após uma avaliação física rigorosa, levando em conta os seus objetivos e as suas condições físicas.

Motivação: a rapidez com que os resultados aparecem é o principal atrativo. Mas a musculação também atrai porque respeita o seu ritmo: dá para fazer as séries nos horários disponíveis e sem prejudicar ou exigir demais do seu corpo.


Aulas de ginástica localizada

Riscos para quem nunca treinou: por ser uma atividade em grupo, as aulas de ginástica localizada seguem padrões de exercícios. Isso dificulta ao acompanhamento, caso você tenha alguma lesão ou dificuldade em realizar os movimentos.

Maior desafio: conseguir acompanhar as aulas, sem perder o ritmo, é o maior desafio, assim como reconhecer a hora de buscar novos estímulos quando o treino fica fácil demais.

Resultados: surgem após dois meses de treino. Mas, como não se trata de um trabalho individualizado, as aulas de ginástica localizada não apresentam a mesma eficiência da musculação.

Meta ideal: como trabalha bastante repetição e cargas mais baixas, a ginástica localizada é ideal para quem busca tonificação e definição muscular. O aumento de massa muscular não é um dos objetivos destas aulas.

Motivação: muito dinâmicas, as aulas são ideais para quem detesta musculação e só gosta da esteira e da bike. O grupo anima você a treinar com cargas, desenvolvendo resistência muscular.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Track and Field Campinas!




Olá pessoal, gostaria hoje de agradecer a toda a equipe que ontem correu a Track and Field Run series em Campinas. Estivemos juntos na nossa parceria com a Academia R Personal Training e foi mais um sucesso! Tivemos entre participantes e familiares 40 pessoas reunidas. Parabéns a todos os membros da equipe por mais esta superação e garra!
Gostaria de agradecer a todos e os que quiserem conferir as fotos da corrida acessem o site : http://www.flickr.com/photos/rpersonal/ . Abraços e até a próxima!




domingo, 4 de outubro de 2009

Quanto você precisa dormir?


Fonte: Veja.com.br

Estamos cansados de ouvir que dormir o suficiente é muito importante para ter um bom desempenho e manter a saúde. O número de horas apregoadas pela maioria dos especialistas é de 8 horas. Entretanto, algumas pessoas dizem que não se sentem descansadas com menos de 9 ou 10 horas de sono, enquanto outras se sentem muito bem dispostas dormindo menos de 6 horas por noite. A necessidade individual de sono depende de hábitos ou dos nossos genes? Se você sente culpa por gostar de dormir saiba que existe sim uma influência genética no número de horas que cada pessoa necessita para se sentir descansado. É o que mostra uma pesquisa publicada na revista Sciences, de 14 de agosto.


Os genes do sono

Os genes que influenciam o sono ainda são pouco conhecidos, mas sabemos que a variabilidade entre pessoas de uma população obedece a uma herança dita multifatorial, como a altura ou o peso. Os fatores ambientais (prática de esportes, stress, alimentação adequada etc..) são responsáveis por 50% e a contribuição genética (chamada de herdabilidade) responde pelos outros 50%. Ela depende de vários genes cada um com um efeito pequeno. Em um extremo da curva estão aqueles que precisam de pouco sono e no outro os conhecidos “dorminhocos”. Entretanto, mutações em alguns genes podem ter um efeito significante no nosso sono. É sobre isso o artigo publicado pelo Dr. Ying He e seus colaboradores.


Mutação em indivíduos de pouco sono

Esses pesquisadores descobriram que uma mutação (P385R) em um gene denominado DEC2 - envolvido entre outras coisas no ritmo circadiano - está aparentemente associado a pouca necessidade de sono. Essa mutação foi encontrada em uma família - denominada de família de pouco sono - (short sleep family). Os portadores da mutação (mãe e filho) dormiam cerca de 6 horas, enquanto os outros familiares, que não tinham a mutação, dormiam em média 8 horas (variando de 7.4 a 9.4).


Trata-se de uma mutação rara.

Como saber se ela exerce mesmo esse efeito? Essa mutação identificada em uma família não foi encontrada em 250 indivíduos da população. Como então ter certeza que ela influencia o sono? Para ter essa resposta os cientistas geraram um camundongo transgênico com a mesma mutação. Observaram que os animais portadores da mutação permaneciam ativos entre 1.2 a 2.5 horas a mais que os controles sem a mutação. Confirmaram assim seus achados em humanos.


Afinal, quanto sono precisamos?

Trata-se de uma pergunta não só de interesse social, mas também científica, que tem sido objeto de muitas pesquisas: qual é o papel ou a importância do sono no nosso desempenho e bem-estar? Estudos genéticos serão muito importantes para desvendar esse mistério. Por outro lado, confesso que fiquei aliviada ao saber que se trata de uma mutação rara. Imaginem se tivéssemos que nos submeter a um teste de DNA para sabermos se temos uma propensão genética a dormir muito ou pouco antes de sermos aceitos em um novo emprego? E você, caro leitor? Sabia que os genes influenciam a sua necessidade de sono?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A INGESTÃO DE CAFEÍNA PODE INCREMENTAR A PERFORMANCE?


Por Prof. André Yamada,


Olá, hoje vamos falar de uma substâncias s mais utilizadas pela população, a cafeína. Quem não gosta de um cafezinho após a hora do almoço para dar aquela despertada? Além do nosso cafezinho a cafeína está presente nos refrigerantes e em chocolates. Mas será que o que a mídia traz é verdade? De que ela pode potencializar o rendimento de uma pessoa principalmente nas provas de longa duração? Primeiro para entendermos todo esse contexto é necessário entrarmos para o mundo da bioquímica. Bom vamos lá, a cafeína é um alcalóide pertencente ao grupo das drogas classificadas como metilxantinas. A cafeína é metabolizada pelo sistema enzimático citocromo P450. Após sua ingestão ela é absorvida no trato gstrointestinal de forma rápida. A cafeína atua oxidando as gorduras e por ação direta no músculo esquelético. Além disso, um dos efeitos mais pronunciados da cafeína é a estimulação do sistema nervoso central. No entanto altas dosagens podem levar a nervosismo, insônia, tremores e desidratação. Na literatura é relatada benefícios quanto a utilização da cafeína na melhora neurocognitiva, principalmente na privação de sono.
Além disso, seus efeitos ergogênicos são independentes do momento do consumo. Interessantemente a ingestão de cafeína e aumento do rendimento nos esportes se observa em indivíduos não habituados ao uso dela. A ingestão da cafeína e cápsulas (puro) parecem exercer maior resposta ao rendimento em comparação a cafeína de outros elementos. Um dos mecanismos propostos para o aumento do rendimento seria a mobilização de ácidos graxos fazendo com que esse efeito lipolítico venha a economizar os estoques de gliogênio muscular aumentando o tempo de performance. No entanto, importante destacar vários efeitos adversos quando consumidos em excesso. Isso se torna mais agressivo quando a cafeína é administrada em conjunto com a efedrina, tendo relatos inclusive de mortes. A cafeína pode ter efeitos ergogênicos ao organismos quando ingerida em doses menores que 1000 mg. Doses ente 400 e 600 mg (equivalente a a 4 e 6 xícaras de café) podem ser ótimas para aumento do rendimento. Finalmente, é importante passar para as pessoas que para um atleta ser pego com Doping de cafeína, ele precisaria ingerir mais de 10 xícaras de café 1 hora antes da prova, vale pensar nisso, apesar da quantidade ser exagerada. Então pessoal, sem exageros, nada que uma boa xícara de café traga efeitos benéficos ao organismo e para o nosso cérebro. Até a próxima!
André Katayama Yamada, Formado em Educação Física Bacharelado UNIMEPPerformance Humana. Mestrando em Ciências da Motricidade (Biodinâmicada Motricidade Humana)Linha Fisiologia Endócrino-Metabólica.Laboratório de Nutrição, Metabolismo e Exercício, UNESP-Rio Claro,Campus Bela Vista