segunda-feira, 29 de junho de 2009

Exercício é essencial para saúde das brasileiras


Fonte: Abril.com.br


Segundo especialistas, a prática de exercícios é capaz de influenciar diretamente a qualidade de vida das mulheresPesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) estudaram os efeitos das dietas ricas em gorduras sobre o metabolismo feminino e observaram que a atividade física é essencial para a saúde das brasileiras, segundo informações da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
De acordo com professor e orientador da tese de doutorado, Antonio Herbert Lancha Júnior, as mulheres consomem 45% mais gordura saturada na alimentação regular. “O padrão alimentar da brasileira é diferente quando comparado às norte-americanas e às europeias”. Lancha Júnior destaca ainda que a brasileira faz menos refeições diárias, acreditando que é uma solução para o emagrecimento. A tese da nutricionista Luciana Oquendo Pereira envolveu 80 mulheres na pré-menopausa que apresentavam excesso de peso.
Elas foram acompanhadas durante dois meses e, ao final, tiveram os resultados de seus hábitos alimentares avaliados. Os cientistas constataram que as mulheres que participaram do programa de atividade física proposto, somado à orientação nutricional, obtiveram as melhores condições de saúde. “A prática de exercícios representa uma alternativa barata e capaz de influenciar diretamente a qualidade de vida das pessoas”, defende Lancha Júnior.
O pesquisador alerta que, além dos problemas de natureza estética e psicológica, a obesidade traz riscos à saúde e, quando não combatida, danifica o coração, as artérias, o fígado, as articulações e também o sistema endócrino. Para o pesquisador, hábitos alimentares saudáveis e atividade física podem prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida das mulheres.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

EXERCÍCIOS NO CALOR: DICAS ÚTEIS


Por André Yamada,


A prática de exercícios em épocas de calor especialmente no verão traz certos problemas quanto aos cuidados referentes ao nosso corpo. Nosso organismo apresenta um perfeito funcionamento homeostático de regulação fisiológica. Em relação à temperatura somos classificados em homeotermos, ou seja, temos a capacidade de manter nossa temperatura interna constante. No entanto, quando o estresse causado por algo vindo do ambiente se torna prejudicial como no calor intenso, podem surgir alguns efeitos indesejáveis ao organismo. Os problemas mais enfrentados na exposição ao calor estão ligados a desidratação, hipertermia, além de danos celulares. É preciso ficar atento a algumas atitudes e cultos que as pessoas levam consigo em relação a prática de exercícios. Por exemplo, quantas vezes vimos em praças pessoas se exercitando com sacos plásticos ou até mesmo roupas de frio, achando elas que vão emagrecer. E quem disse que a perda de suor significa mais calorias perdidas? Ao contrário quanto mais a pessoa se veste, e ainda se exercitando no sol menos nosso sistema inteligente do corpo vai funcionar, ou seja, significa menos evaporação. Por exemplo, em ambiente quente e úmido a evaporação cutânea se torna prejudicada. Quantos mistérios escondem o nosso organismo frente às explicações fisiológicas? Em relação à ingestão de água também. Alguns estudos recentes mostram que o excesso de água pode diluir o sódio e causar um fenômeno chamado de hiponatremia sendo às vezes grave para o atleta. Por isso é importante em provas extenuantes a ingestão de eletrólitos como o Gatorade. Como já dito em ambientes muito úmido e quente a difícil evaporação faz com que a temperatura suba muito. Se ultrapassar o limite da temperatura o indivíduo pode ter um colapso. Outro fator é o estresse causado pelo calor nas células como no músculo esquelético e coração pela formação de radicais livres. No calor cada vez que a temperatura do corpo aumenta os batimentos aumentam também fazendo com que haja vasodilatação. A seguir algumas dicas práticas e importantes para quem vai praticar exercícios no calor:


1) Beber água antes, durante e após a prática de exercícios físicos não extenuantes e isotônicos quando for atleta. Sintomas como sede já é um sinal de possível desidratação.

2) Vestir se adequadamente no calor, ou seja roupas leves e confortáveis que ajudam na transpiração.

3) Utilizar protetor solar pois os raios ultravioletas podem causar tumores na pele como os melanomas.

4) Após o exercício esperar o resfriamento do corpo para evitar o choque térmico.


André Katayama Yamada, aluno de Pós-Graduação (Mestrando) em Ciênciasda Motricidade (Biodinâmica da Motricidade Humana)Linha Fisiologia Endócrino-Metabólica.

Laboratório de Nutrição, Metabolismo e Exercício, UNESP-Rio Claro,Campus Bela Vista

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Conheça as diferenças entre a bicicleta horizontal e a vertical


Fonte: MSN.com.br

Antes de escolher a bike, veja qual delas combina com sua meta
Enquanto uma enxuga a barriga, a outra define pernas e bumbum

Na academia, elas ficam lado a lado e pinta a dúvida na hora de escolher: chamados de horizontal e vertical, os dois modelos de bikes ergométricas são alternativas para perder peso e definir os músculos das pernas e do bumbum. Mas, de acordo com o estímulo produzido, os resultados mudam bastante. "Os dois tipos de bike são ótimos e o ideal é intercalar as pedaladas", afirma o personal trainer Rodrigo Cintra, especialista do MinhaVida. "Aquela mais parecida com um pedalinho é indicada, principalmente, para os alunos com dores nas costas e com foco no trabalho das coxas, enquanto a bike vertical traz mais agilidade". Na entrevista abaixo, você fica sabendo quais são as vantagens de cada modelo e aproveita o melhor deles para entrar em forma.

Quando as costas ficam apoiadas, que músculos são mais solicitados?
As bikes que promovem maior estabilidade da coluna e dos músculos costais são chamadas bikes horizontais. Elas dão maior segurança para quem possui problemas de coluna e ainda concentram os movimentos nos membros inferiores, ou seja, no quadríceps, no bíceps femoral (posterior da coxa), na panturrilha e nos glúteos.
Que modelo protege mais os joelhos?
Os dois tipos não costumam causar danos aos joelhos, principalmente se o usuário pedalar com a sobrecarga mínima e não exagerar na dose diária de treinamento. O que promove lesões são as limitações e patologias pré-existentes ou o chamado "pedalar no vazio", que ocorre quando o aluno pedala sem implementar nenhuma carga existente no aparelho.
O modelo horizontal cansa mais?
O que vai cansar mais ou menos é principalmente a intensidade do exercício, independente do aparelho. Entretanto, a gravidade atua diretamente na execução e dificulta um pouco mais o exercício realizado na bike horizontal. Já na bike vertical a ação da gravidade auxilia a descida do movimento de pedalar, porém dificulta de forma inversamente proporcional no momento de retorno.
Qual a melhor forma de pedalar para aumentar o rendimento?
O aluno deve estender e flexionar a perna com a mesma intensidade e utilizando a própria força para alcançar mais resultados. O principal erro é só fazer força para estender a perna e usar a flexão como recuperação para o movimento inicial.
A postura é favorecida em qual das duas bicicletas?
Na bike horizontal a postura é favorecida, principalmente no que tange a coluna. Entretanto em qualquer bike, para manter uma postura adequada, é preciso ajustar a posição entre pedais, selim (banco) e guidão. Na posição ideal, os joelhos nunca são completamente esticados e a coluna permanece com uma leve inclinação para a frente, sem forçar a lombar.
O gasto calórico é equivalente nas duas bikes?
O gasto calórico depende diretamente do metabolismo de cada pessoa, associado à intensidade do exercício e ao volume de treino. Para queimar mais calorias, o ideal é prestar atenção no conforto: os objetivos são atingidos mais rapidamente quando você prolonga o treino.
Qual das duas é melhor para o trabalho de glúteos?
Devido à instabilidade natural da bike vertical, por não haver apoio nas costas, o trabalho de glúteos é beneficiado neste tipo de aparelho. Mas as duas opções trabalham esses músculos.
A variação de programas é a mesma nas duas?
Com relação aos programas, existem variações nos aparelhos. Mas elas têm funções de programação iguais ou bem parecidas. É importante ressaltar que bikes ergométricas não são feitas para se pedalar em pé, nem as verticais, nem as horizontais. Para este objetivo existem as bikes estacionárias conhecidas como "bikes de Spinning" ou "Bike indoor", que vemos nas academias de ginástica.
Para ter em casa, qual das duas é melhor?
Aconselhar comprar aparelhos para usar em casa é complicado, pois a maioria deles tende a virar um cabide de luxo para pendurar bolsas e roupas. Além disso, o acompanhamento do profissional de educação física é fundamental, pois existem pessoas que têm algumas restrições de coluna ou de joelho, por exemplo.
Quem treina na academia deve alternar o uso de um e outro aparelho?
Não há necessidade de ficar trocando de um tipo para outro de bike, salvo alguma recomendação específica, que pode variar de caso pra caso. Isso pode ocorrer por fator motivacional, treinos intervalados ou até mesmo por restrições.
Como dificultar o treino em cada um dos aparelhos?
Para dificultar o treino, é importante trabalhar com três variáveis: Velocidade X Intensidade (sobrecarga) X volume (tempo do treino) e com treinos intervalados.
Veja a diferença de...
Treinar por mais tempo e com pouca carga: promove o aumento da resistência, melhora o condicionamento físico geral e diminui o percentual de gordura
Treinar por menos tempo e com mais carga: o aluno está trabalhando a força, além de favorecer o aumento do volume muscular nos membros inferiores (principalmente pernas) com o passar do tempo.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

As perigosas oscilações de glicemia- Parte 3


Aprendizado familiar


Três pontos devem ser levados em consideração para se verificar a ocorrência de síndrome metabólica. A primeira diz respeito ao peso, uma vez que o sobrepeso e a obesidade são indícios de que o organismo está funcionando com sobrecarga, avisa o endocrinologista João César Castro Soares. Problemas na tireóide e diabetes são os outros dois.


A glicemia acima de 100 em jejum indica uma predisposição genética ao diabetes. Neste ponto, o especialista diz que já é necessário cuidar do paciente para que o problema não evolua, tanto nos cuidados com a alimentação como na atividade física regular e o controle do peso.

A herança genética contribui para as ocorrências dos distúrbios metabólicos, embora o estilo de vida e a alimentação sejam fatores preponderantes tanto para a saúde, quanto para a doença. Pesquisas indicaram que, mesmo em famílias com filhos adotivos, alguns tipos de doenças (como as cardiovasculares) são muito incidentes entre todos os membros.

Com base nessas informações, Mark e Adriana Ellacott permanecem bastante atentos com os dois filhos, Blane e Oliver. A família de Mark não tem diabetes e a de Adriana conta com inúmeros casos (tios, primos) com o distúrbio, o qual também se apresentou no filho Blane, quando este havia completado quatro anos.

Consciente, Adriana compreende bem que a síndrome metabólica só dá sinais quando está em um quadro já avançado e o estrago já é grande. O aumento de micções, o abatimento e a perda de peso de Blane foram mascarados com uma virose quando retornaram ao Brasil, em 2003.

O filho chegou a correr risco de vida. Em outras situações, com a família ciente de sua dependência à insulina, quando sucedia pequeno descontrole de seus índices glicêmicos (avaliados seis vezes ao dia, em dias normais, sem estresse, sempre após as refeições, conforme orientação médica) acabou entrando em hipo e hiperglicemia.

Blane, seus familiares, amigos, professores, preparador físico (ele pratica natação) sabem o que fazer em uma situação de emergência. O foco da família Ellacott hoje é o bem-estar, não somente por Blane ser diabético mas por entenderem que, mesmo com as restrições do açúcar, a vida pode ser tão doce, prazerosa e sem maiores dramas como de fato é.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

As perigosas oscilações de glicemia - Parte 2


SARA MOREIRA LIMA VERDE

Especialista em Nutrição Clínica e professora do Curso de Ciências da Nutrição da Universidade de Fortaleza (Unifor)

Como podemos regular a glicose sangüínea?

Temos duas formas de trabalhar no controle da glicemia através da alimentação. A primeira é substituir os carboidratos simples por alimentos fontes de carboidrato complexo, ricos em fibras que ajudam a glicose a ser absorvida lentamente. Outra é trabalhar o índice glicêmico dos alimentos.
Quais são esses carboidratos simples e os complexos?

O carboidrato simples está presente no açúcar refinado, doces, pão branco, etc. O arroz integral é um exemplo de alimento com carboidrato complexo, assim como o pão integral. Associado aos legumes, hortaliças e frutas, conseguimos um teor de fibras interessante na alimentação, que contribui para a regulação da glicemia.
Por que se resiste tanto à mudança alimentar?
Porque as guloseimas são ´tentadoras´ em aparência e sabor e há um forte apelo da mídia em direção a esses alimentos. Além disso, os aspectos sociais e emocionais da alimentação não podem ser deixados de lado, pois é ao redor de uma mesa que as grandes comemorações são feitas, sempre acompanhadas de deliciosas preparações. As pessoas deveriam ser preparadas desde cedo para fazerem escolhas inteligentes .
Ingerir fruta é melhor do que o suco?
O consumo de uma fruta como a laranja, quando ingerido o bagaço, está associado ao consumo das fibras. Esses nutrientes promovem um aumento lento da glicemia pós-prandial. O suco da laranja promove um aumento mais rápido dessa glicemia pela ausência das fibras e pelas quebras da estrutura molecular, o que de forma simples, deixa o carboidrato ´mais livre´. Essa capacidade de aumentar a glicemia é chamada de índice glicêmico dos alimentos. É mais interessante consumir a fruta. O preparo também altera o índice glicêmico.
O que altera na nutrição de um indivíduo diabético?
Pessoas com diagnóstico de diabetes devem ser acompanhadas por médico e nutricionista. É preciso que o uso dos seus medicamentos tenha relação direta com a quantidade de carboidrato que ele ingere em cada refeição. Deve ser um acompanhamento individualizado.
Há alimentos milagrosos?
É bom que se diga, a alimentação não faz milagre sozinha, em termos de saúde. Manter um estilo de vida saudável, com atividade física e sono regular também é muito importante.
Fazer exercício físico sem ingestão de carboidrato antes é prejudicial à saúde?
O jejum antes da atividade física não é benéfico. Consumir uma fonte de carboidrato antes, como uma banana, faz com que não seja quebrada proteína muscular em alta intensidade. Portanto, é importante sim esse consumo antes da atividade física regular.
Uma vida mais doce
Eliminar o desejo de beliscar entre as refeições é um dos saldos de quem segue uma alimentação equilibrada. Isso porque o consumo de alimentos do grupo que mantém estável os níveis de açúcar no sangue ajuda a prevenir a resistência a insulina.
Estes alimentos normalmente são grandes fontes de fibra solúvel, como os grãos (arroz integral, cevada, aveia); feijões e vagens (branco, preto, jalo, roxo, lentilha, grão-de-bico); hortaliças (brócolis, couve-de-bruxelas, cenoura, berinjela, jerimum) e as frutas (maçã, laranja, ameixa, pêra).

Quanto mais integrais e não processados forem ingeridos os alimentos, maiores serão seus recursos de fibras solúveis. Explicações pormenorizadas sobre os problemas causados pelo descontrole da glicose no sangue, além de dicas e receitas práticas de refeições podem ser encontradas por quem deseja fazer uma mudança alimentar, por exemplo, na obra recém-lançada pela Seleções Reader´s Digest, ´Alimentos Mágicos - para controlar sua glicose´.

Ciência da Nutrição
Fundamentado na recente Ciência da Nutrição, o livro indica 57 alimentos que auxiliam a manter a saúde. Inclui estratégias que ajudam tanto a quem deseja perder peso como quem já possui diabetes. No primeiro caso, manter a sensação de saciedade pode ser conseguida pela ingestão adicional de proteínas. Desta forma, o organismo será estimulado a queimar um pouco mais calorias do que os carboidratos e gorduras. O fato é que se ingere muito mais calorias do que se utiliza, a maioria, de carboidratos extras.

A nutricionista e professora da Universidade de Fortaleza, Sara Moreira Lima Verde destaca que a alimentação não é a vilã dos desajustes atuais da saúde, como se propaga. ´Antes, as crianças subiam em árvores, brincavam nas ruas, corriam soltas. Hoje ficam em casa, jogando videogame, diante do computador ou vendo televisão. Evidente que não necessitam dessa quantidade enorme de calorias que ingerem´.

Sara e seus colegas do Curso de Ciências da Nutrição, da Unifor, contextualizam o momento atual como gerador de uma verdadeira ´esquizofrenia da alimentação´, uma vez que enquanto se propaga a conquista do corpo magro (como o de Gisele Bündchen), se estimula a garotada a permanecer inerte, diante dos eletrônicos, vendo propagandas de ´junk foods´ (porcarias).
As mudanças não passam somente pela ingestão de alimentos mais integrais, na perspectiva da nutricionista, mas à redução da quantidade de calorias ingeridas ao longo do dia e início de uma atividade física regular (aumento-se gradativamente seu ritmo). ´O resumo de uma alimentação equilibrada pode ser visto em um prato colorido, com alimentos de diferentes grupos, como arroz, feijão, bife, beterraba, cenoura, alface, tomate. A variedade de cores indica um número maior de nutrientes por refeição´, ensina, reforçando que todos esses alimentos são também funcionais, pois comportam outras funções além de saciar a fome.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Aeróbico em jejum?


Sobrilson pergunta: "Aérobico em jejum é uma boa opção pra perder gordura? Já li muitos estudos relatando q logo pela manhã seu estoque de glicogênio está lá embaixo, entao o corpo vai usar a gordura como fonte de energia."


Professor André Yamada responde:

Caro amigo Sobral. Então essa questão depende de muitos fatores. O nosso organismo é orquestrado por finos mecanismos bioquímicos e de bioenergética que regulam as nossas reservas de energia. Portanto se você realizar exercícios em jejum irá ser prejudicial ao seu organismo. Vamos tentar entender o por que: A glicose é muito importante para nosso corpo principalmente como fonte de energia para o cérebro além de outros tecidos como o músculo e o fígado. Se realizarmos exercício em jejum ainda mais de manhã poderemos ter episódios de hipoglicemia, ou seja queda nos níveis de açúcar do sangue. Outro problema é que com o prolongamento do exercício ou seja com o aumento da duração haverá quebra da glicose e utilização da mesma pelo músculo e para manter os níveis glicêmicos. Então iremos utilizar as gorduras e proteínas como fonte de energia. Se essa duração for muito prolongada vamos quebrar mais proteínas também fazendo com que substratos são convertidos em energia para formação de corpos cetônicos o que é nada agradável e certamente deletério ao organismo. Assim, é necessário uma alimentação adequada antes do treino principalmente alimentos fonte de baixo índice glicêmico. Outra coisa, se vc realizar exercícios em jejum sem carboidratos irá depletar muito rápido os estoques de glicogênio hepático e muscular, gerando assim maior fadiga e cansaço durante o treino. Então como vc já viu jamais treine sem comer nada, pois além de prejudicar sua performance não irá emagrecer. Quanto mais proteínas musculares for degradada mais sua taxa metabólica irá cair. Talvez vc poderá ficar mais leve mas vai aumentar sua gordura corporal. Então melhor comer, manter os músculos e aumentar essa sua energia nos momentos de descanso. Bom treino a vc!
André Katayama Yamada, aluno de Pós-Graduação (Mestrando) em Ciênciasda Motricidade (Biodinâmica da Motricidade Humana)Linha Fisiologia Endócrino-Metabólica.

terça-feira, 16 de junho de 2009

As perigosas oscilações de glicemia - Parte 1


Manter e regular a taxa de glicemia no sangue são formas de conquistar saúde a curto e longo prazo


Você acaba de comer satisfatoriamente e, dentro de pouco tempo, já está com uma sensação de fome estranha que o leva a desejar ingerir algo imediatamente. Também anda cansado sem uma razão aparente, com certa apatia, dores de cabeça, enfim, percebe que algo não vai lá muito bem com sua saúde.


Somente fazer exames médicos periódicos talvez não seja suficiente para descobrir o que está errado, embora a alimentação e o estilo de vida sejam indícios bem precisos de que a suas taxas glicêmicas oscilem em demasia.


Há poucos anos, pesquisadores vêm denunciando uma descoberta que tem causado verdadeira revolução na área médica, sobretudo no que diz respeito ao metabolismo. As alterações bruscas de glicemia que provocam choques no organismo são tão nocivas quanto prejudiciais, o que os especialistas sugerem como uma ´montanha-russa´ dos açúcares na corrente sangüínea. Isto pode resultar em distúrbios diversos, dentre eles, os males degenerativos.


Os sinalizadores físicos, além das percepções descritas acima, são o aumento da cintura (abdômen), acompanhado da perda de energia e, por vezes, da massa magra (músculos). Tudo porque a alimentação está sendo seguida, aparentemente, de forma adequada, embora haja vícios difíceis de serem admitidos, quanto mais banidos. Enfrentar e eliminar tais vícios - como no caso das sobremesas (o docinho após a refeição) - pode não ser tão dramático quanto se imagina, utilizando-se recursos saudáveis.


Resistência à insulina

A ingestão de açúcar, sobretudo os derivados da cana de açúcar, são destacados como grandes vilões da elevação da taxa glicêmica. Só que o açúcar não está sozinho. Os farináceos e alimentos refinados são carboidratos simples que agradam não somente aos gordinhos, mas crianças, adolescentes e pessoas de todas as idades habituadas aos alimentos altamente calóricos e rápidos dos ´fast foods´, que vai desde o sanduíche (hamburguer e hot dog), passando pela batata frita, arroz branco polido, pão branco e os biscoitinhos.


Segundo o endocrinologista pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp) João César Castro Soares, hoje se sabe que os picos de glicose no sangue são nocivos à saúde por esgotar o organismo com uma sobrecarga de trabalho. Isto provoca resistência à insulina, associada a outros sérios agravos, desde comprometimentos cardiovasculares, problemas neurológicos, perda de memória (Alzheimer) e, sobretudo, o diabetes.


Por isso mesmo, Dr. João César afirma que o controle do índice glicêmico (IG) é muito mais rigoroso, reduzido do índice de 140 para 126 (em jejum) para diagnóstico de diabetes e de 110 para 108 para pré-diabetes.


Os índices mundiais indicam que cerca de 25% da população adulta tem resistência à insulina. O quadro é agravado para quem está acima do peso e tem mais de 45 anos. O aspecto ruim dessa história é que as pessoas só costumam mudar quando se deparam com um diagnóstico desfavorável ou um problema já instalado. O outro lado da balança é se foi a alimentação causadora da resistência à insulina, escolhas mais saudáveis e não menos saborosas poderão modificá-la do mesmo modo.


A família de Mark e Adriana Ellacott tem apostado nisto há seis anos, quando o filho Blane, hoje com 10 anos, foi diagnosticado com diabetes. Ele, um artista plástico inglês e ela, uma fisioterapeuta cearense, residentes por quase duas décadas em Londres, decidiram vir definitivo para Fortaleza, a fim de que o filho desfrutasse de uma infância com praia e calor, com melhor qualidade de vida para todos. Com poucas semanas da chegada dos Ellacotts ao Ceará, Blane adoeceu e a mudança da família passou de modo radical também para a esfera da alimentação.


Estudando o diabetes a fundo para poder dar suporte ao filho (o dele é do tipo 1, insulinodependente) e permitir mais leveza ao caçula, Oliver, 2, para conviver bem com a dinâmica da família, Adriana há cerca de um ano montou com a irmã, Karla, uma lojinha (a Via Diet, no Shopping Avenida) com o intuito de propagar noções sobre saúde e possibilidades de uma vida saudável e prazerosa sem o açúcar. ´Compreendemos que os índices glicêmicos elevados não são prejudiciais só aos diabéticos. Todos devem se cuidar, porque a glicemia elevada é um mal silencioso´, informa Adriana Ellacott.

domingo, 14 de junho de 2009

Musculação pode deflagrar ataques de pânico em pessoas que sofrem do transtorno


Fonte: Portal UOL

Respiração ofegante, ondas de calor, suor e palpitação podem ser sintomas comuns após uma série extenuante de musculação na academia. Mas, para quem sofre de síndrome do pânico, esse pode ser um alerta de que uma nova crise está se desencadeando.A síndrome do pânico caracteriza-se por crises agudas de medo e desespero sem razão aparente. A sensação é tão intensa e tão real que a pessoa tem a impressão de que vai morrer ou enlouquecer. Apesar de exercícios físicos serem recomendados para amenizar os sintomas, o treino pesado pode ter o efeito adverso, provocando uma nova crise em quem já enfrenta o problema.

Isso acontece porque após esforço intenso o corpo libera uma substância chamada ácido lático (a mesma que produz aquela sensação de "dor ardida" nos músculos após os exercícios pesados), que altera o PH do sangue, tornando-o mais ácido. Como consequência, as amígdalas (região no cérebro responsável por liberar disparar sinais de alerta em situações de perigo ou diante de uma ameaça) seriam acionadas, levando à crise de pânico.

Medo de ter medo
Outra possível explicação para o fenômeno é a de que os sintomas provocados pelos exercícios intensos - parecidos com os de um ataque - é que seriam responsáveis pela nova crise. Isso porque um dos maiores medos de quem tem síndrome é sofrer um novo episódio. "Os exercícios em si não deflagram a crise, e sim o medo de ter um ataque de pânico porque o coração disparou, ou a respiração ficou ofegante", aponta Mariângela Gentil Savóia, psicóloga e pesquisadora do Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.

Isso foi o que aconteceu com AIC, 28 anos, fonoaudióloga. Ela sofre de transtorno do pânico há um ano. Teve sua primeira crise em casa, quando assistia a TV com o namorado. De repente, teve a sensação de que ia morrer: o coração disparou, sentia falta de ar e tremores. "Fomos ao médico e fiz os exames, mas eles não apontaram nada de errado. O médico falou que eu estava estressada, que precisava relaxar, fiquei frustrada", conta.

Mas as crises não passaram. Aliás, o medo de se sentir daquele modo novamente deflagrou novas crises, uma delas na academia. "Estava correndo na esteira e de repente senti meu coração disparar de novo, a respiração ficou difícil, eu achei que ia ter outra crise. Parei de fazer o exercício na hora, mas estava com tanto medo que não consegui me controlar. Acabei parando no pronto-socorro de novo. E de novo falaram que eu não tinha nada".

O medo de se sentir mal novamente fez com que AIC parasse de ir à academia. E não foi só dos exercícios físicos de que abriu mão. "Parei de sair com meus amigos e evitava sair de casa a todo custo. Não queria nem ir ao trabalho. Então me disseram para procurar um psiquiatra, e finalmente tive o diagnóstico de transtorno do pânico". AIC então começou o tratamento, que já dura seis meses, e pôde voltar ao trabalho e às atividades rotineiras. Mas o medo de ter outro ataque do pânico ainda não passou totalmente. "Parte do tratamento é na academia, e estou me sentindo melhor. Mas ainda tenho um medinho de ter outro ataque", conta.

O psiquiatra e coordenador do Ambulatório de Ansiedade da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Márcio Bernik, ressalta que as crises acontecem somente com quem já sofre de transtorno do pânico. E ainda assim, nem todos os portadores do transtorno são vulneráveis aos exercícios.

O psiquiatra ainda afirma que, apesar desse efeito adverso, os exercícios físicos são altamente recomendáveis para quem sofre do transtorno. "Se não houver contraindicações, exercícios físicos vigorosos representam uma forma de terapia eficiente para tratar o transtorno do pânico", afirma.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Bradicardia! O que é isso??


Cesar pergunta: "Professor, gostaria de saber porque quanto mais realizamos exercicio, menor fica o nosso batimento cardicaco. Outro dia estava vendo uma prova de ciclismo, e o locutor comentou que o batimento de uma atleta chegava a 38.??? Um absurdo?? Com isso pode acontecer:???"


Quem responde esta pergunta é o nosso colaborado e especialista em Fisiologia do Exercicio, André Yamada!


Caro amigo César, desculpa a demora em responder sua pergunta. O treinamento físico gera adaptações importantes na estrutura e fisiologia do nosso organismo. Nosso corpo se adapta perfeitamente ao estímulo específico empregado. Um dos fenômenos mais marcantes em resposta a um treinamento aeróbio é a diminuição da freqüência cardíaca (tecnicamente chamado de bradicardia). Atletas bem treinados apresentam essas alterações, podendo chegar a poucos batimentos por minuto. Recentemente fui a uma palestra da minha Universidade e um pesquisador Mestrando apresentou uma palestra de alterações ultraestruturais cardíacas em atletas de endurance. Ele relatou que havia um atleta sendo acompanhado na InCor (uma das maiores instituições da América Latina) e que apresentava uma freqüência cardíaca de 20 BPM. Mas o leitor como vc pode-se perguntar: como funciona essa maquinaria cardíaca a ponto de diminuir os batimentos com o treinamento? Então vamos lá tentar desvendar mais um dos mistérios envolvidos na fisiologia humana.

Nosso coração é um órgão que funciona como uma bomba que tem a função de levar nutrientes e sangue para os tecidos. Portanto o coração de alguém que treina durante “anos é mais forte” do que o coração de um sedentário por exemplo. Isso faz com que a parede do músculo cardíaco tenda a hipertrofiar de acordo com o exercício praticado. Ora, vamos dar um exemplo: se o coração está mais forte ele bombeia mais sangue para o corpo de uma só vez pela ajuda do músculo cardíaco que foi estimulado. Então esse coração precisa trabalhar menos vezes para bombear o sangue, portanto ele bate menos. Ao contrário o coração de um sedentário está mais fraco e bate mais vezes para mandar a mesma quantidade de sangue. Por isso que o coração de um atleta trabalha menos. Uma das explicações para a bradicardia é por três mecanismos: 1) aumento do tônus vagal do coração; 2) diminuição do tônus simpático do coração; 3) diminuição da freqüência cardíaca intrínseca de marcapasso. Então não é nada surpreso verificar atletas com freqüência muito baixo. Mas é importante verificar se o caso é fisiológico ou se trata de uma condição patológica.


André Katayama Yamada, aluno de Pós-Graduação (Mestrando) em Ciênciasda Motricidade (Biodinâmica da Motricidade Humana)Linha Fisiologia Endócrino-Metabólica.

Laboratório de Nutrição, Metabolismo e Exercício, UNESP-Rio Claro,Campus Bela Vista

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Exercícios indicados para vários problemas de saúde


Fonte: Folha de S. Paulo


Embora o exercício não seja remédio, bem direcionado ele faz parte do tratamento.

Pratique uma atividade física. Na saúde e na doença. "Fazer exercícios, em geral, não é contraindicado no caso de doenças. Pelo contrário: os estudos apontam que a qualidade de vida e os parâmetros dos distúrbios melhoram", diz Benjamin Apter, ortopedista do Departamento de Geriatria da USP (Universidade de São Paulo).


Mas a regra não é tão clara. Enquanto alguns exercícios podem ser ruins para certas doenças, outros beneficiam o paciente. Embora o exercício não seja remédio, bem direcionado ele faz parte do tratamento.


"A atividade física regular deve estar incluída no cuidado de doenças de homens e mulheres de todas as idades", diz Cesar Jardim, supervisor do check-up do HCor (Hospital do Coração), em São Paulo.


Para isso, além das condições individuais, deve-se avaliar o estado do distúrbio e as variáveis de cada atividade física. Em certos casos de artrose ou lombalgia, por exemplo, o risco de lesão pode superar o benefício genérico de combater o sedentarismo, também considerado doença pela OMS (Organização Mundial da Saúde).


Já se a ideia é controlar a osteoporose, atividades sem impacto são benéficas para várias questões, mas não contribuem para a densidade óssea.


ASMA

Inflamação crônica das vias respiratórias, a asma geralmente é uma resposta alérgica a determinados estímulos. A inflamação dificulta a passagem de ar nos pulmões, diminuindo a capacidade pulmonar e encurtando os músculos envolvidos na respiração.


O exercício não atua especificamente na inflamação ou na alergia, mas fortalece os músculos respiratórios e reeduca a respiração. O fortalecimento da musculatura respiratória promovido pela natação aumenta a capacidade de reagir às crises asmáticas. Para nadar, também é necessário respirar da forma correta, o que aumenta a capacidade de oxigenação dos pulmões.


O meio úmido também é indicado: Realizar exercícios quando o ar está muito seco pode induzir a crise [de asma].


Natação

PRECAUÇÕES

Evitar locais com pouca ventilação, onde a concentração de gases produzidos pelo cloro pode desencadear alergias respiratórias. A intensidade do exercício deve ser controlada para diminuir o risco de broncoespasmo (contração reversível da musculatura dos brônquios) induzido por exercício. Não realizar a atividade durante inflamação aguda das vias respiratórias

MODO DE USAR

Como em outras atividades aeróbicas, o iniciante deve começar com um treinamento de baixa intensidade e ir aumentando progressivamente essa intensidade de acordo com o aumento da capacidade cardiorrespiratória. Os exercícios específicos de respiração (como treinar a expiração debaixo dágua) são essenciais, mas não devem ser feitos seguidamente por períodos longos

OPÇÕES DE ATIVIDADES

Corrida, que também aumenta a capacidade pulmonar; ioga, com ênfase nos exercícios respiratórios, que reeducam a respiração


ARTROSE

O processo degenerativo de desgaste da cartilagem da artrose está relacionado principalmente ao envelhecimento, a problemas congênitos ou a traumatismos e sobrecarga nas articulações.


Essa degeneração do tecido provoca dor, limitação de movimentos e, em estágio avançado, deformação do osso, e afeta especialmente articulações como os joelhos.


A atividade física adequada, embora não atue nas causas hereditárias ou evite a ação do envelhecimento, pode reduzir danos e adiar a progressão da doença, além de evitar a sobrecarga articular.


Todos os estudos mais recentes apontam para o fortalecimento muscular, que estabiliza as articulações. É importante que a atividade não cause impacto nem sobrecarga na articulação. Dependendo do grau de acometimento das articulações afetadas, iniciamos [o programa de exercícios] com isométricos [contração do músculo sem movimento da articulação] suaves e intervalados, para depois introduzir os exercícios isotônicos, com carga adequada", diz.


Musculação em aparelhos

PRECAUÇÕES

A atividade não deve buscar a hipertrofia (aumento da massa muscular), mas sim a tonificação dos músculos. Mesmo com cargas baixas, a repetição frequente do movimento pode causar adaptações musculoesqueléticas indesejáveis se a execução não for feita de forma correta, por isso é preciso orientação e supervisão individualizada de um profissional capacitado

MODO DE USAR

Os aparelhos de musculação devem estar perfeitamente ajustados a condições individuais como altura, peso e limites de flexibilidade e força de quem vai utilizá-los. As cargas começam baixas e chegam até o limite chamado submáximo (70% da capacidade máxima de força do indivíduo). São feitos intervalos de um a dois minutos entre cada série

OPÇÃO DE ATIVIDADE

Ciclismo em terreno plano com regulagem adequada do selim (mais elevado e um pouco mais para a frente), de forma a não forçar a articulação do joelho e causar dor.


CÂNCER

O tratamento quimioterápico para o câncer diminui as massas muscular e óssea e a capacidade cardiorrespiratória, entre outros efeitos. Ao minimizar essa perda, a atividade física contribui para o aumento da qualidade de vida do paciente oncológico. Por causa das limitações causadas pela doença e pelo tratamento, só deve ser feita com um orientador que esteja em contato com o médico responsável.


Segundo educadores físicos especializados, o ideal é um programa que alterne o trabalho de força, o de flexibilidade e o aeróbico em baixa intensidade. A atividade em grupo é indicada, pois oferece apoio social ao paciente, mas esse deve ser pequeno, para que sejam observados os limites individuais. O grupo e o treinador são importantes para estimular a atividade física em quadros de fadiga (efeito comum do tratamento), garantindo a aderência ao programa de exercícios.Aeróbica+ musculação+alongamento


PRECAUÇÕES

O treinador, o paciente e o médico devem ficar sempre em contato, trocando informações para garantir a segurança e a eficácia da atividade. É preciso levar em conta a fadiga causada pelo tratamento para adequar o tempo de execução de cada atividade. Em caso de lesões cirúrgicas, é preciso limitar o trabalho na região afetada.Em todos os casos, a carga usada no trabalho muscular deve ser baixa, para evitar lesões musculares ou articulares em tecidos enfraquecidos pelo tratamento.


O impacto também deve ser minimizado. Pacientes em tratamento quimioterápico devem fazer o controle constante do nível de hemoglobina no sangue -se estiver muito baixo, a atividade deve ser suspensa

MODO DE USAR

As atividades aeróbicas, de musculação e flexibilidade são alternadas, na mesma aula, por períodos curtos (entre 15 e 20 minutos cada). O trabalho aeróbico é introduzido aos poucos: no início, é preciso ganhar massa muscular e óssea para poder realizá-lo. É feito em equipamentos como esteira, bicicleta ergométrica ou aparelhos elípticos (como o "transfer"), que reproduzem os movimentos da caminhada sem o impacto da pisada.

OPÇÕES DE ATIVIDADE

Caminhada ou bicicleta ergométrica, com acompanhamento de treinador capacitado e em contato com o médico.

LOMBALGIAS

A lombalgia não é uma doença, mas um sintoma: é a dor na região inferior da coluna, que pode ter como causa de desvios posturais a hérnias de disco. Dependendo da causa da lombalgia, pode ser necessária a intervenção cirúrgica.A atividade física proporciona um equilíbrio musculoesquelético que diminui a pressão sobre a coluna lombar. É preciso criar uma força que possibilite distribuir o peso do tronco e da cabeça e reagir à ação de gravidade sem sobrecarregar a parte de baixo do corpo.Fortalecer os músculos estabilizadores da coluna é a melhor forma de garantir esse equilíbrio postural.


Pilates

PRECAUÇÕES

As causas das dores na região lombar devem ser investigadas previamente, para que o programa de exercícios seja montado de acordo com as necessidades e limitações de cada pessoa e para verificar se há ou não indicação cirúrgica

MODO DE USAR

Os iniciantes devem optar pelas aulas de pilates em estúdio, com aparelhos e orientação de profissional capacitado, preferencialmente com formação em fisioterapia. Os exercícios trabalham vários grupos musculares ao mesmo tempo, com poucas repetições de cada movimento. São enfatizadas a concentração e a respiração correta durante a execução dos exercícios, a consciência corporal e a contração da musculatura abdominal

OPÇÕES DE ATIVIDADES

Alongamentos; reeducação da marcha ou do movimento (técnicas orientadas para reorganizar o alinhamento ósseo e distribuir a força muscular em situações dinâmicas, ou seja, na execução de diferentes movimentos).


FIBROMIALGIA

A fibromialgia é uma desordem ainda pouco compreendida, que causa dor muscular e fadiga. Mas é justamente o cansaço moderado e a estimulação muscular proporcionados por exercícios que ajudam a controlar o distúrbio. Medicamentos podem ou não ser indicados, mas não há melhora terapêutica sem a prática de atividade física.


De acordo médicos da área, uma das funções do exercício é melhorar a qualidade do sono, fundamental para o controle da fibromialgia. Atividades na água possibilitam a tonificação dos músculos sem excesso de carga, permitindo maior controle da dor. O meio também tem efeito relaxante, benéfico para um distúrbio associado a fatores emocionais.


Hidroginástica

PRECAUÇÕES

A intensidade deve ser programada para que o cansaço não se aproxime da exaustão. O horário para praticar a atividade deve ser programado de acordo com a reação individual à atividade: após o período de adaptação, a prática não deve causar sonolência excessiva durante o dia

MODO DE USAR

Os exercícios de fortalecimento devem trabalhar os diferentes grupos musculares, em séries seguidas, até o corpo sentir um certo cansaço. A temperatura da água deve ser morna, para promover sensação de conforto e, nos intervalos de repouso, auxiliar no relaxamento muscular e diminuir a sensação de dor

OPÇÕES DE ATIVIDADES

Musculação com carga baixa, aulas de danças rítmicas ou de salão.


HIPERTENSÃO

O aumento contínuo da pressão danifica as artérias e traz riscos de problemas como infarto e derrame. A doença afeta 60% da população acima de 65 anos. Entre os fatores de risco, estão hereditariedade, envelhecimento e hábitos de vida.No tratamento, remédios podem ser necessários, mas mudar a alimentação (especialmente controlar a ingestão de sal) e praticar exercícios é fundamental.

As atividades aeróbicos e de força têm efeito direto sobre a normalização da pressão, e esse benefício pode ser estender por até 24 horas. O controle do estresse, que também tem efeito direto sobre a pressão arterial, é outro fator fundamental.Caminhada ou corrida+ exercícios isotônicos+ ioga

PRECAUÇÕES

A atividade só deve ser iniciada após a realização de todos os exames pedidos pelo médico e com sua autorização. A pressão arterial deve ser monitorada constantemente

MODO DE USAR

Sedentários devem começar com um programa de fortalecimento muscular com exercícios isotônicos (contração e relaxamento dos músculos alternadas ritmicamente) três meses antes de iniciar o programa de caminhada.No início, o trabalho aeróbico (corrida ou caminhada) é intervalado, com breves aumentos de intensidade seguidos de repouso.


Conforme melhorar a capacidade de recuperação (tempo necessário para normalizar a frequência cardíaca), o exercício aeróbico passa a ser contínuo (entre 30 e 40 minutos).Na ioga, a ênfase são os exercícios respiratórios e de focalização (manter a concentração em determinado "objeto", como uma imagem visualizada mentalmente). Essas práticas levam a um estado meditativo, que reduz o estresse, relaxa os músculos periféricos, desacelera os batimentos cardíacos e diminui a pressão arterial.A atividade aeróbica e a musculação são feitas em dias alternados. A técnica de relaxamento é praticada diariamente

OPÇÕES DE ATIVIDADES

Natação, que combina o trabalho aeróbico com um bom fortalecimento muscular, bicicleta estacionária (para facilitar o controle da frequência cardíaca), relaxamento progressivo (técnica em que os vários grupos musculares são tensionados e relaxados sequencialmente)


OSTEOPENIA

Uma atividade como a dança flamenca, que busca o impacto, contribui para manter e aumentar a massa óssea em casos de osteopenia. Quando a perda [de massa óssea] ainda é pequena, o impacto de bater o pé no chão ajuda a aumentar a densidade óssea.


Porém, na osteoporose, com o maior risco de fraturas, esse tipo de atividade pode ser contraindicado.Nesses casos, indica-se a musculação: Exercícios de resistência muscular, especialmente com sobrecarga, são eficientes para quadros de osteoporose, pois a força muscular exercida sobre os ossos estimula a produção de massa óssea.Dança flamenca ou musculação


PRECAUÇÕES

A dança flamenca só é indicada em casos de osteopenia (quando a massa óssea é de 10% a 25% menor do que a considerada normal) ou osteoporose em estágios muito iniciais. Quando a osteoporose já está instalada, aumenta o risco de fraturas provocada pelo impacto da atividade nos ossos fragilizados

MODO DE USAR

A prática de dança deve ser muito bem orientada, respeitando os limites individuais. Se surgirem sintomas como dores nas articulações dos pés, joelhos ou quadris, o médico deve ser consultado para avaliar a continuidade ou não da atividade. A musculação pode ser feita em aparelhos ou com pesos livres -nesse caso, é preciso ter controle postural e orientação adequada, já que a realização incorreta e a carga excessiva podem gerar lesões nos músculos e articulações


OPÇÃO DE ATIVIDADECaminhada ao ar livre (que combina produção de impacto com exposição à luz solar, importante para ajudar a fixar cálcio nos ossos).

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Ritmo perfeito para corrida é revelado




Fonte: Hypescience.com


A maioria dos corredores consegue dizer quando eles encontram o equilíbrio perfeito entre velocidade e conforto. As pernas ficam soltas, o coração bate normalmente e parece que é possível correr daquela mesma forma para sempre.



Os pesquisadores da Universidade de Wisconsin – Madison agora têm uma explicação para esse estado de “nirvana”. E você pode agradecer aos nossos ancestrais, é mais um dos atributos que eles nos deixaram.



Durante anos, cientistas acharam que os humanos possuem uma taxa de metabolismo constante. Para eles, funcionava da seguinte forma: usaríamos a mesma quantidade de energia para correr um quilômetro, por exemplo, não importando se faríamos o percurso em dez minutos ou em vinte. Mesmo que a queima de calorias seja maior durante os dez minutos, se você terminar em menos tempo, também irá parar de correr. Logo, demorar mais, com uma queima menos acelerada, faria o mesmo efeito.


Acontece que cada pessoa tem seu próprio ritmo, que usa a menor quantidade de oxigênio para cobrir uma distância determinada.


Os voluntários que participaram dos estudos da universidade mostraram que tanto homens quanto mulheres têm seu ritmo próprio de corrida que beneficia mais seu corpo, que requere o menor nível de oxigênio. Sendo assim, as pessoas podem correr por mais tempo, sem sentir tanto desgaste físico.


Tudo isso acontece porque seus ancestrais precisavam manter uma velocidade constante por algum tempo. Seja em migrações ou caçadas, eles precisavam dessa resistência. E por isso nós ainda a temos.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Turbine o seu humor com exercícios físicos


Fonte: Sport Life

Estudo mostra que os efeitos da atividade física sobre o humor podem durar até 12 horas depois de terminada a sessão de exercícioNinguém duvida que se exercitar espanta o mal humor. Mas, ao que parece, os efeitos da atividade física sobre o humor são maiores do que o que se pensava até então.


Estudo apresentado esta semana no Congresso da Academia Americana de Medicina do Esporte mostrou que os benefícios da prática de esporte duram até 12 horas depois de terminada a sessão de exercício.


Os voluntários que participaram da pesquisa – homens e mulheres saudáveis – tiveram de responder uma enquete sobre o seu estado de humor depois de 1h, 2h, 4h, 8h, 12h e 24h. Todos eles se exercitaram a 60% de sua FCmáx, ou seja, em um nível considerado moderado. Os efeitos positivos ocorreram em todos os tipos de participantes, independentemente da idade, gênero ou grau de condicionamento físico.

“Em alguns casos, o exercício pode complementar outras terapias para o tratamento de depressão, a um custo baixíssimo”, disse Jeremy Sibold, autor do estudo. Para o cientista, os resultados são mais um reforço à ideia de que se deve fazer da atividade física um hábito diário.