quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A INGESTÃO DE CAFEÍNA PODE INCREMENTAR A PERFORMANCE?


Por Prof. André Yamada,


Olá, hoje vamos falar de uma substâncias s mais utilizadas pela população, a cafeína. Quem não gosta de um cafezinho após a hora do almoço para dar aquela despertada? Além do nosso cafezinho a cafeína está presente nos refrigerantes e em chocolates. Mas será que o que a mídia traz é verdade? De que ela pode potencializar o rendimento de uma pessoa principalmente nas provas de longa duração? Primeiro para entendermos todo esse contexto é necessário entrarmos para o mundo da bioquímica. Bom vamos lá, a cafeína é um alcalóide pertencente ao grupo das drogas classificadas como metilxantinas. A cafeína é metabolizada pelo sistema enzimático citocromo P450. Após sua ingestão ela é absorvida no trato gstrointestinal de forma rápida. A cafeína atua oxidando as gorduras e por ação direta no músculo esquelético. Além disso, um dos efeitos mais pronunciados da cafeína é a estimulação do sistema nervoso central. No entanto altas dosagens podem levar a nervosismo, insônia, tremores e desidratação. Na literatura é relatada benefícios quanto a utilização da cafeína na melhora neurocognitiva, principalmente na privação de sono.
Além disso, seus efeitos ergogênicos são independentes do momento do consumo. Interessantemente a ingestão de cafeína e aumento do rendimento nos esportes se observa em indivíduos não habituados ao uso dela. A ingestão da cafeína e cápsulas (puro) parecem exercer maior resposta ao rendimento em comparação a cafeína de outros elementos. Um dos mecanismos propostos para o aumento do rendimento seria a mobilização de ácidos graxos fazendo com que esse efeito lipolítico venha a economizar os estoques de gliogênio muscular aumentando o tempo de performance. No entanto, importante destacar vários efeitos adversos quando consumidos em excesso. Isso se torna mais agressivo quando a cafeína é administrada em conjunto com a efedrina, tendo relatos inclusive de mortes. A cafeína pode ter efeitos ergogênicos ao organismos quando ingerida em doses menores que 1000 mg. Doses ente 400 e 600 mg (equivalente a a 4 e 6 xícaras de café) podem ser ótimas para aumento do rendimento. Finalmente, é importante passar para as pessoas que para um atleta ser pego com Doping de cafeína, ele precisaria ingerir mais de 10 xícaras de café 1 hora antes da prova, vale pensar nisso, apesar da quantidade ser exagerada. Então pessoal, sem exageros, nada que uma boa xícara de café traga efeitos benéficos ao organismo e para o nosso cérebro. Até a próxima!
André Katayama Yamada, Formado em Educação Física Bacharelado UNIMEPPerformance Humana. Mestrando em Ciências da Motricidade (Biodinâmicada Motricidade Humana)Linha Fisiologia Endócrino-Metabólica.Laboratório de Nutrição, Metabolismo e Exercício, UNESP-Rio Claro,Campus Bela Vista

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