segunda-feira, 4 de maio de 2009

QUAIS FATORES BIOLÓGICOS DETERMINAM UM CAMPEÃO EM PROVAS DE LONGA DURAÇÃO?


Por André Yamada
O limite do corpo humano em provas de longa duração sempre foi uma constante nas ciências do esporte. Vários especialistas e curiosos no assunto sempre perguntam sobre a intrigante questão: o que faz de certos indivíduos fenômenos em determinadas modalidades, como por exemplo na maratona?. Atualmente sabe-se que fatores biológicos em conjunto com fatores psicológicos podem estar determinando um campeão nessas provas. Ou seja, aspectos anatômicos, fisiológicos, psicológicos, nutricionais e recentemente até mesmo a genética têm contribuído para a “construção” de um atleta perfeito.


O funcionamento do nosso organismo é regido através de uma rede integrada das funções fisiológicas de diversos sistemas. Nesse sentido, é de ignorância dizer que um atleta de provas de longa duração necessita de ter apenas um coração bem desenvolvido. E o músculo esquelético, as enzimas também não necessitam estar em pleno funcionamento?


Assim, é necessária uma integração de fatores musculares, cardiovasculares e neurológicos que funcionam em cooperação no envolvimento da utilização e transformação da energia química necessária para o maratonista gerar energia. Essa mesma integração do sistema muscular com o sistema cardiovascular se faz necessário a partir do momento, em que evidências recentes mostram que estes tecidos bem preparados são capazes de se “comunicar”, aumentando o rendimento físico. Como exemplo, o bombeamento do coração leva o oxigênio para os músculos em atividade por essa rede integrada. Quando se inicia uma atividade física o atleta consome muito mais oxigênio que em repouso.


Um maratonista, por exemplo consegue consumir esse oxigênio de forma eficiente e em alta velocidade na corrida sem cansar. As enzimas e aumento de mitocôndrias aumentam a oxidação fazendo o músculo se cansar menos também é um fenômeno marcante e que está presente em maior quantidade em indivíduos bem treinados em provas de longa duração. Uma boa anatomia também ajuda no rendimento, pois geralmente os atletas de longa duração possuem uma menor massa muscular e pernas mais leves.


Quando realizamos alguma atividade pela primeira vez nossos movimentos não estão ainda bem coordenados. Com o tempo nossos movimentos vão se aperfeiçoando e isso é denominado de economia de movimento. Ou seja, quanto mais perfeito for a execução de um movimento, menos energia essa pessoa irá gastar. Assim acontece com os maratonistas de alto nível, eles possuem uma alta economia de movimento. A tipagem de fibra também é importante para qualificar um atleta de endurance. Em geral maratonistas possuem uma predominância de fibras oxidativas o que faz cansar menos.


Por fim, a genética explica em parte por que alguns indivíduos são verdadeiros fenômenos em modalidades físicas esportivas. Atualmente estão sendo realizados testes para identificar quais genes determinam o sucesso de um atleta, mas que também está sendo barrado em questões éticas.

Como vocês podem ver não é fácil ser um campeão nessas modalidades, pois a exigência do limite humano é muito grande. Esses atletas conseguem correr em uma alta intensidade consumindo grande quantidade de oxigênio, podendo até mesmo comparar com uma corrida rápida de um corredor não tão treinado. Por isso caro amigo, se você quer ser um verdadeiro fenômeno na maratona, é necessário muito suor (treino) e muita sorte na sua bagagem genética. Abraços e até a proxima!
André Yamada

Um comentário:

  1. olha gostaria de saber porque alcolismo é uma doença biologica sabemos q traz consequencias orgãnicas ... mas porque biologica ??? o individuo ja tem alguma substancia no organismo mesmo n sendo alcolatra ??? rosa.solis@ig.com.br

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