quinta-feira, 30 de julho de 2009

OBESIDADE E EXERCÍCIO FÍSICO


Por André Yamada,


Com a mecanização dos meios de trabalhos temos enfrentado grandes problemas quando o assunto são as doenças crônicas. Cada dia, semana ou ano que passa, percebemos que a população mundial não só está ficando cada dia mais obesa, mas também doente. A obesidade leva a uma série de co-morbidades que estão relacionadas com o aumento dos índices de mortalidade. A obesidade leva a aumentos da pressão arterial, diabetes entre muitas outras doenças. A obesidade pode ser classificada em dois tipos: a visceral (conhecida como maçã) e a subcultânea (pêra). A que está associada a altos riscos é a do tipo maçã também chamado de barriga de cerveja. Geralmente os homens apresentam a obesidade visceral e as mulheres a obesidade subcultânea, em que depósitos de gordura são acumuladas nos quadris. Essas diferenças se devem a ativação de receptores locais. Vários fatores influenciam na obesidade como a predisposição genética, alimentação e sedentarismo.
Nosso corpo é capaz de produzir alguns hormônios importantes no controle do peso e saciedade. Assim quando estamos com fome ativamos hormônios específicos. A leptina por exemplo é conhecida como hormônio da saciedade, ela atua a nível hipotalâmico no sistema nervoso central. Ela é tipo um controle remoto que diz desliga, ou seja ela controla o apetite. No entanto os obesos apresentam maiores concentrações da leptina devido a aumento da resistência desse hormônio.
A alimentação é muito importante para o controle da obesidade. Alimentos como frutas e verduras são essenciais no nosso prato, enquanto furturas, doces e gorduras trans (processados) devem ser encarados com cautela. Deve-se ingerir alimentos de 3 em 3 horas para que o hormônio do estresse cortisol não entre em ação. Quanto mais cortisol na circulação maior vai ser o desgaste muscular e assim vamos entrar em catabolismo. Ou seja, se ficarmos muito tempo sem comer, vamos engordar mais pelo processo vicioso que nosso organismo encara. Assim, se alimentarmos de 3 em 3 horas vamos manter nossa taxa metabólica ativada e vamos engordar menos.
O exercício é indubitavelmente essencial na vida de todos. Temos que realizar 5 vezes por semana essa prática por pelo menos uma hora. Não consegue correr? Comece a caminhar e assim seu corpo vai se adaptando aos estímulos. Pode procurar um especialista em exercício como o educador físico também. Alguns estudos mostram que o exercício de força conhecido como musculação diminui a gordura corporal, isso se deve pelo aumento da taxa metabólica em repouso. Exemplo, quando estamos dormindo iremos queimar as calorias sem se mexer. Isso é a sacada. Combinar o exercício aeróbio como corrida, ciclismo etc etc com a musculação. Os resultados serão espetaculares.
Por fim parece que a combinação da nutrição adequada e o treinamento físico é mais eficiente em combater a obesidade do que apenas fazer dieta ou exercício separadamente. A qualidade de sono interfere no nosso metabolismo. Pessoas que dormem pouco elas apresentam maior risco de desenvolver obesidade por alterações nos hormônios que mencionei.
Por fim convido vocês a terem uma melhor qualidade de vida e que comece a mudar os hábitos, é claro que cada indivíduo apresenta uma resposta.
Por favor,não se frustrem se os resultados demorarem, isso é a longo prazo. Existem gordinhos saudáveis e magrinhos ditos falsos com alta quantidade de gordura corporal. Assim nem sempre o que se vê na balança é tida como saudável pois precisamos de uma melhor análise e avaliação corporal. Outra coisa, é que muita gente hoje em dia está preocupado com a estética, esquece isso! Primeiro lugar a saúde não é mesmo, então faça exercícios regularmente e se alimente corretamente.
André Katayama Yamada, Formado em Educação Física Bacharelado UNIMEPPerformance Humana. Mestrando em Ciências da Motricidade (Biodinâmicada Motricidade Humana)Linha Fisiologia Endócrino-Metabólica.

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