domingo, 17 de outubro de 2010

Mal de Parkinson: Exercicios,prevenção de quedas e melhora da qualidade de vida




Ontem fui convidado para ministrar uma palestra na Associação Colibri em Piracicaba, que é uma associação para pessoas portadoras do Mal de Parkinson. Fiquei muito feliz em receber este convite pela minha amiga Fernanda, que esta me ajudando muito na contribuição da minha área em grupos especiais, como câncer, Parkinson, Diabetes entre outros.

Fui recebido pela Presidente e Vice-Presidente da Associação, Maria Lucia e Silvia. Fiquei muito feliz em ver um grupo de idosos grande, buscando informações de como superar esta doença e como melhorar a qualidade de vida. Isso faz um bem danado, tanto para as pessoas, como para mim, que estou em busca de cada vez mais ajudar e contribuir para um mundo melhor. Tenho feito isso, através do Projeto Ilumina, que cedeu um espaço para que eu possa levar informações para pessoas com câncer.

Estou colocando abaixo o resumo sobre como a atividade fisica pode melhorar a qualidade de vida da pessoa portadora de Mal de Parkinson!

Atividade Fisica e Mal de Parkinson

O Parkinson é um doença motora, ligada a falta de neurotransmissores como as catecolaminas, mas a simples suplementação oral dessas substancias, ajuda a resolver apenas 50% do problema.
Estudos demonstram que a recuperação é sempre precária, se ao tratamento neurológico, não for associado o exercício fisico.
A etiologia ainda é obscura e controversa, contudo supõe-se a participação de vários mecanismos etiopatogênicos tais como: fatores genéticos, neurotoxinas ambientais, estresse oxidativo, anormalidades mitocondriais e excitocidade.

A degeneração nesses hormônios é irreversível e resulta na diminuição da produção da dopamina, que é o neurotransmissor essencial no controle dos movimentos.

O parkisonismo é um dos mais freqüentes tipos de distúrbios do movimento e apresenta-se com quatro componentes básicos: acinesia, rigidez, tremor e instabilidade postural. Pelo menos dois desses componentes são necessários para a caracterização da síndrome.

Atividade física

O parkinson afeta principalmente os movimentos. A combinação de seus sintomas diminuiu a capacidade dos indivíduos de movimentarem-se naturalmente, levando a dificuldades para realizarem tarefas simples do dia a dia, apesar de não levarem a paralisia de nenhum dos segmentos corporais.

Com o passar do tempo, o paciente começa a sentir dificuldade em atividades do dia a dia, como levantar-se da cama ou da cadeira, virar-se da cama, abotoar as roupas e vestir meias.
O andas pode apresentar alterações de lentidão, surge uma tendência de andar na ponta dos pés, e em algumas situações, como ao se ultrapassar pela portas e andar em espaços pequenos, os passos tornam-se exageradamente pequeno. Em casos extremos, ele tem que cair para frente para cair do lugar.

Em virtude disso, movimentam-se cada vez menos, favorecendo o surgimento de outras alterações que não são sintomas primários da doença de Parkinson, mas alterações secundarias decorrentes da superposição dos sintomas.

A atividade física objetiva minimizar problemas motores causados tanto pelos sintomas primários da doença quanto os secundários, ajudando o paciente a manter sua independência para realizar as atividades do dia a dia e melhorando sua qualidade de vida. O exercício não pode impedir a evolução da doença. Mas pode ajudar o paciente a manter uma melhor movimentação no seu dia a dia.

Os benefícios do exercício para o Parkinson, não há duvida que existem, mas a questão desafiadora é que em virtude do caráter progressivo da doença e do fato de atingir principalmente indivíduos com mais de 60 anos, torna-se importante que alem dos exercícios realizados por um profissional de educação física qualificado, o paciente mantenha uma rotina diária de exercícios especificamente voltados para o desenvolvimento solido de manutenção das condições motoras e prevenção não só das alterações próprias da doença, mas das alterações implicadas no processo de envelhecimento normal( diminuição da força e da muscular, problemas de equilíbrio e postura) potencializado nesses pacientes pela diminuição da mobilidade.

Estudo1
Mostrou que o treinamento continuo durante 8 semanas trouxe uma melhora progressiva na velocidade e na eficiência dos movimentos de uma atividade motora especifica, que envolvia movimentos seqüenciais dos dedos das mãos, mesmo em pacientes nos estágios mais avançados.

Estudo2
Todos os pacientes que aderiram a pratica de exercícios apresentaram uma melhora progressiva na capacidade de movimenta-se, avaliada por meio de uma escala internacional própria para doença de Parkinson (escala unificada para avaliação da doença de Parkinson) que mostrou uma redução da pontuação media obtida.

Assim apesar das possíveis alterações cognitivas e emocionais da doença de Parkinson, como alterações da memória, apatia e depressão, um programa semanal de exercícios mostrou-se aplicável e eficiente para minimizar os problema dos pacientes.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Exercício físico pode tornar pacientes com câncer mais saudáveis



Fonte: Isaude.net

A atividade física beneficia os pacientes psicologicamente e atenua os efeitos colaterais durante e após o tratamento

Pacientes com câncer de mama e de próstata que praticam exercício físico durante e após o tratamento da doença têm uma melhor qualidade de vida e ficam menos cansados, de acordo com os pesquisadores do Hospital Henry Ford, nos Estados Unidos.

"Usar o exercício físico como uma abordagem para o tratamento do câncer tem o potencial de beneficiar pacientes fisicamente e psicologicamente, bem como atenuar os efeitos secundários do tratamento", disse a autora do estudo, Eleanor M. Walker.

"Além disso, o exercício é uma ótima alternativa para os pacientes combaterem a fadiga e as náuseas, que podem interferir com medicamentos e com a quimioterapia durante o tratamento do câncer", acrescentou ela.

Para avaliar como exercer impactos nos pacientes com câncer, Walker e seus colegas desenvolveram um programa exclusivo chamado ExCITE (Terapias e Educação Integrativa do Câncer e do Exercício).

ExCITE trabalha com pacientes que estão recebendo o tratamento do câncer e cria programas de exercícios individualizados. Alguns pacientes se exercitam em um dos centros Henry Ford de treino, enquanto outros têm planos que lhes permitem se exercitar em casa, durante as várias etapas do seu atendimento.

O grupo de estudo, até agora, inclui 30 pacientes com câncer de mama e 20 pacientes com câncer de próstata, todos na faixa etária de 35 a 80 anos. Todos tinham sido diagnosticados recentemente, quando começaram o ExCITE. O estudo acompanhou os pacientes durante e um ano e após a conclusão do tratamento do câncer.

Antes de iniciar o programa de exercícios, cardiologistas mediram a capacidade dos pacientes para a prática de atividades, sua força muscular e resistência.

A recomendação de exercícios e dietas para cada paciente baseou-se em suas tolerâncias para o exercício, seus peso, saúde geral, e o tipo de tratamento do câncer que iria receber. A acupuntura foi usada para pacientes que experimentaram dor, náuseas, vômitos, insônia e neuropatia, como resultado do tratamento do câncer.

Através de uma combinação de exercícios, acupuntura e uma boa alimentação, alguns pacientes não experimentaram os mais comuns efeitos colaterais do tratamento - náuseas, fadiga e problemas com a memória.

"ExCITE oferece a pacientes com câncer de uma nova maneira de abordagem de seu tratamento do câncer, adaptando um exercício específico de rotina para se adequar às necessidades do paciente, se é de recuperação após a cirurgia, ou para melhorar a circulação e melhorar o sistema imunitário antes da quimioterapia ou radioterapia", disse Cheryl Fallen, paciente que participou do estudo.

"O programa faz você se sentir melhor sobre si mesmo. É um apoio positivo para pacientes com câncer, e eu realmente acho que me permitiu ser mais produtiva durante meu tratamento", concluiu a paciente.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Dá para emagrecer dormindo? Sim, é só fazer musculação




Fonte: Uol.com.br

Ao pensar em alguma atividade para emagrecer, invariavelmente a corrida, bicicleta, caminhada, ou seja, exercícios aeróbicos, são os primeiros da lista. O que você provavelmente não sabe é que, a longo prazo, o gasto de energia em musculação pode ser superior. E se você está destreinado, os exercícios de força consomem mais energia em menos tempo.

As atividades aeróbicas queimam gordura, mas só após certo tempo. Já os exercícios mais intensos e não tão longos, como a musculação, queimam reservas mais rápidas encontradas no músculo, como o ATP, o glicogênio e a creatina. Por isso, têm a fama de não ajudar no emagrecimento.

No entanto, nas horas posteriores (e mesmo dias depois), o corpo precisa recuperar as reservas energéticas utilizadas no esforço. Além disso, é preciso recuperar as células musculares e aumentar o volume de músculo (hipertrofia) como adaptação ao esforço sofrido. Para tudo isso o corpo utiliza energia, as tão famosas calorias, que vêm em sua maior parte das reservas de gordura. O total gasto durante o treino deve ser visto junto com o que foi gasto nas horas posteriores.

Assim, o total de energia gasta em um treino de musculação com maior intensidade e menor duração pode ser semelhante ao de um treino aeróbio mais longo. Uma pessoa destreinada pode não aguentar tanto tempo de corrida quanto seria necessário para emagrecer. Já na musculação, com intervalos, é possível começar com treinos que já consomem mais energia.

Emagreça dormindo

A musculação proporciona a alteração da composição corporal: ganha-se (ou pelo menos mantêm-se) os músculos, que constituem a massa magra, e perde-se gordura, a massa gorda. O professor Tiago Poggio, da academia Bio Ritmo, comenta que “o emagrecimento deve estar relacionado com a perda de massa gorda e não de massa muscular”.

Nessa conta, muitas vezes o efeito não aparece na balança, pois a massa muscular pesa mais do que a gordura, ocupando um volume menor. Ou seja: podemos emagrecer visivelmente, ganhando músculos e perdendo medidas, sem que isso seja perceptível no peso.

A massa magra também acelera o nosso metabolismo: os músculos gastam mais energia para se manter do que a gordura. Com isso, o aumento da massa magra acarreta um aumento da energia necessária para manter o corpo vivo no seu dia a dia (taxa metabólica de repouso). Assim, o ganho de massa muscular contribui para o aumento do gasto energético em repouso, e você emagrece dormindo.

Um pequeno aumento da massa magra provoca um aumento quase insignificante do metabolismo, mas algumas alterações fisiológicas (ainda não completamente explicadas) indicam que a musculação gera um aumento do metabolismo desproporcional ao ganho de massa muscular, bem mais significativo para o total de energia gasta em um dia.

Dieta mais exercício

Assim como qualquer outro exercício, a musculação não faz milagre. Ela terá efeitos muito maiores se combinado com uma alimentação adequada, o que não significa passar fome. O corpo precisa de uma série de nutrientes para compor a nova massa muscular, para isso, uma alimentação balanceada é essencial.

Na falta de alimento, a primeira coisa que o corpo faz é diminuir a massa muscular, pois ela consome muita energia. Mas, segundo o professor Paulo Gentil, presidente do Gease (Grupo de Estudos Avançados em Saúde e Exercícios) e autor do livro “Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas”, pesquisas mostram que mesmo em dietas muito restritivas, a musculatura é preservada se a pessoa fizer musculação e a massa gordurosa é perdida. Já se a dieta rigorosa for feita junto ao treino aeróbico, há perda de peso semelhante, mas também perde-se massa muscular, diminuindo o metabolismo de repouso. O ideal é consultar um nutricionista para adequar a dieta ao exercício e a seus objetivos de perda de peso.