No Brasil a obesidade infantil é uma doença de conseqüências graves que se instala em múltiplos órgãos. Excesso de gordura corpórea na infância é causa de diabetes, hipertensão, elevação dos níveis de colesterol e triglicérides, tendência à coagulação acelerada do sangue, alterações na parede interna dos vasos e maior produção de insulina que podem ocorrer com a criança quando chega na fase adulta.
A falta de atividade física da criança urbana de hoje é considerada pelos especialistas uma das principais causas da epidemia de obesidade infantil que se dissemina em diversos países, inclusive no nosso. Um trabalho realizado na Cidade do México mostrou que o risco de obesidade caiu 10% para cada hora de atividade física de intensidade moderada ou forte praticada diariamente pela criança. Estudo semelhante conduzido na Carolina do Sul chegou à mesma conclusão: crianças mais ativas são mais magras do que aquelas que se movimentam pouco e conseqüentemente, gastam menos com médicos,medicamentos e tornam-se mais ativas e melhoram o rendimento nos estudos. Não vale a pena pensar nisso para seus filhos?
A diminuição do número de calorias derivadas de gordura animal na dieta costuma ser compensada por um aumento significante do consumo de carboidratos pelas crianças: pães, doces, chocolates, refrigerantes, salgadinhos e batata frita passaram a ser ingeridos em quantidades sem precedentes na história da humanidade. E isso, facilita o aumento da adiposidade na criança, levando-a a ter mais propensão a doenças relacionadas a obesidade infantil.
Esses alimentos de alto índice glicêmico provocam súbitos aumentos pós-prandiais da concentração de moléculas de glicose na corrente sanguínea. Em resposta, o pâncreas secreta quantidades elevadas de insulina para quebrar essas moléculas e armazená-las sob a forma de glicogênio. Armazenadas, as moléculas de açúcar desaparecem da circulação, e o centro da fome é ativado novamente. Por isso devemos ter o cuidado de dar comidas de alto valor nutritivo para a criança como aveia, legumes, frutas, sementes e etc....
A prevenção à obesidade é de extrema importância para o desenvolvimento da criança. Chegar à vida adulta com excesso de gordura no corpo, além de aumentar o risco de várias doenças, dá início a uma batalha sem fim contra a balança. Uma afirmação de consenso dos National Institutes of Health, dos Estados Unidos, ilustra como pode ser inglória essa luta: "Adultos que participam de programas de emagrecimento podem esperar uma perda de apenas 10% do peso corpóreo, no máximo. Cerca de 50% dessa perda são repostos em um ano, e, virtualmente, todo o resto é recuperado em cinco anos".
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