segunda-feira, 26 de julho de 2010

Restrição calórica melhora memória e capacidade de aprender




Fonte: Diário da Saúde

Decisão inteligente

A restrição calórica - o termo técnico para "comer menos", ou adotar uma dieta com menos calorias - não é bom apenas para ter uma vida mais longa e mais saudável.

Cientistas do MIT, nos Estados Unidos, descobriram que o mesmo mecanismo molecular que aumenta a expectativa de vida através da restrição calórica também ajuda a melhorar a memória e incrementar a inteligência.

A pesquisa foi publicada no último exemplar da conceituada revista Nature.

Resveratrol

O resveratrol, encontrado no vinho e no amendoim, tem sido apontado como um ampliador da expectativa de vida porque ele ativa um grupo de enzimas conhecidas como sirtuinas, que ganharam fama nos últimos anos por sua capacidade de retardar o processo de envelhecimento.

Agora, os cientistas descobriram que a sirtuina 1 - uma proteína que nos seres humanos é codificada pelo gene SIRT1 - também melhora a memória e a flexibilidade do cérebro.

Além de dar maior suporte às rotinas alimentares com menos calorias, o trabalho poderá levar à criação de novos medicamentos para doenças como o Mal de Alzheimer e outras desordens neurológicas.

Sirtuina

"Nós havíamos demonstrado anteriormente que a Sirtuina 1 promove a sobrevivência neuronal nas doenças neurodegenerativas associadas com a idade. Nos nossos modelos celulares e animais da doença de Alzheimer, a SIRT1 melhorou a sobrevivência neuronal, reduziu a neurodegeneração e evitou as dificuldades de aprendizagem," conta Li-Huei Tsai, coordenador do estudo.

"Agora nós descobrimos que a atividade da SIRT1 também promove a plasticidade e a memória," diz Tsai. "Esse resultado demonstra o papel múltiplo da SIRT1 no cérebro, ressaltando ainda mais o seu potencial como um alvo para o tratamento da neurodegeneração e das condições com problemas cognitivos, com implicações para uma ampla gama de distúrbios do sistema nervoso central."

Gene da longevidade

Em um outro estudo, também realizado no MIT, os pesquisadores descobriram que o gene SIR2 é um regulador chave da longevidade na levedura e em vermes, usados como modelos em estudos desse tipo.

Os estudos, ainda em andamento, estão agora investigando se este gene altamente conservado também rege a longevidade nos mamíferos.

A versão desse gene nos mamíferos, o SIRT1, parece ter desenvolvido complexas funções sistêmicas na função cardíaca, no reparo do DNA e na estabilidade genômica.

Os cientistas acreditam que o SIRT1 seja ser um regulador chave de uma rota evolutivamente bem conservada que permite aos organismos lidarem com a adversidade.

Estes genes e as enzimas que eles produzem são parte de um sistema de retroalimentação que melhora a sobrevivência celular durante períodos de estresse, especialmente durante a falta de alimentos.

Tratamento do sistema nervoso

Este novo estudo mostra que o SIRT1 aumenta a plasticidade sináptica, as conexões entre os neurônios e a formação da memória.

Estas descobertas revelam um novo papel do SIRT1 na cognição e um mecanismo previamente desconhecido por meio do qual o SIRT1 regula esses processos.

Além de ajudar os neurônios a sobreviver, o SIRT1 também tem um papel direto na regulação da função cerebral normal, demonstrando o seu valor como um potencial alvo terapêutico para o tratamento do sistema nervoso central.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Mais exercício e menos remédio


Fonte:fapesp.br


Agência FAPESP – Um estudo verificou que mulheres acima de 60 anos que praticam 150 minutos por semana de atividades físicas moderadas, como caminhadas, consomem menos remédios em comparação às que não têm o mesmo hábito.

A conclusão é de Leonardo José da Silva, no trabalho de mestrado “Relação entre nível de atividade física, aptidão física e capacidade funcional em idosos usuários do programa de saúde da família”, realizado na Universidade Federal de São Paulo com Bolsa da FAPESP.

Silva acompanhou 271 mulheres com idade acima de 60 anos que participaram do Programa de Saúde da Família, organizado pela Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.

As participantes que cumpriram um programa de exercícios variados de no mínimo 150 minutos semanais apresentaram consumo de medicamentos 34% menor em comparação às mais sedentárias.

“Esse tempo mínimo de exercícios de 2,5 horas semanais é preconizado pela American Heart Association e pelo American College of Sports Medicine”, disse Silva à Agência FAPESP. Com menos de 10 minutos semanais de atividade física o indivíduo é considerado sedentário e entre 10 minutos e 150 minutos de exercícios por semana ele é categorizado como insuficientemente ativo.

Os resultados do estudo de Silva foram apresentados em maio no 3th International Congress Physical Activity and Public Health realizado em Toronto, no Canadá.

Silva contou com uma parceria entre a Unifesp e o Centro de Estudos de Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs). Guiomar Silva Lopes, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp e orientadora de Silva, considera o programa oferecido pela cidade paulista aos idosos uma valiosa fonte de pesquisa. “Trata-se de uma população pequena e estável, o que facilita o acompanhamento dos participantes durante prazos mais longos”, disse.

As atividades físicas disponibilizadas incluem caminhadas, exercícios de aprimoramento de força muscular, equilíbrio, flexibilidade e capacidade aeróbica. Há também visitas domiciliares feitas por agentes de saúde, nas quais os idosos são incentivados a praticar atividades físicas frequentes, como ir ao mercado ou fazer um passeio a pé.

O consumo de remédios das participantes da pesquisa foi avaliado por meio do cadastro da Secretaria Municipal da Saúde de São Caetano do Sul. Na base de dados estão registradas informações relevantes sobre todos os participantes do Programa de Saúde da Família, incluindo os medicamentos consumidos regularmente.

Economia de medicamentos

Segundo Guiomar, os resultados do estudo poderão subsidiar políticas públicas que incentivem a atividade física visando à prevenção e controle das doenças crônicas associadas ao envelhecimento, reduzindo despesas com medicações e internações.

“Podemos perceber a importância desse estudo ao constatar que o idoso consome, no mínimo, cinco medicamentos associados a doenças ligadas ao envelhecimento”, disse a orientadora.

A relação causa e efeito entre atividade física e consumo de medicamentos ainda está sendo estudada. A redução dos níveis de pressão arterial proporcionada pela atividade física é uma das hipóteses levantadas pelo estudo de Silva, uma vez que a doença é uma das mais comuns entre a população idosa, estando presente em mais da metade das pessoas acima de 60 anos.

O diabetes, com prevalência de 25% entre idosos, é outra enfermidade afetada pelo nível de atividade física. “Há estudos indicando que exercícios respiratórios aumentam a sensibilidade do organismo à insulina”, comentou a professora da Unifesp.

Esse efeito é importante para as pessoas em cujos organismos a insulina não atua de maneira eficiente. “A resistência à insulina tem alta prevalência na população idosa e se caracteriza pela menor resposta à insulina, com aumento discreto da glicemia e da insulinemia. Estes fatores juntos contribuem para a obesidade e o aumento do risco de doenças cardiovasculares”, disse.

As mulheres são as que mais se beneficiam da prática de atividades físicas, no caso levantado em São Caetano do Sul. Guiomar conta que a pesquisa se restringiu ao público feminino porque ele representa a grande maioria dos participantes do programa.

A professora ressalta que não são completamente conhecidas as razões que levam a menor participação masculina nessas atividades. “Sabemos que a mulher tem expectativa de vida um pouco maior do que a do homem, aumentando a frequência de mulheres viúvas e sozinhas, porém esse fato não explica a absoluta ausência masculina”, disse.

Segundo Silva, o estudo destaca o fortalecimento da medicina preventiva, área que se encontra em crescimento e tem laços com a educação física. “A prescrição de medicamentos ainda é preponderante na prática médica. Podemos diminuir esse consumo de remédios com métodos de prevenção baratos e simples como a atividade física”, sugeriu.

Por Fabio Reynol

sábado, 10 de julho de 2010

79 anos, evelhecendo com saúde!

Foto:Médico Californiano John Turner que envelhece com qualidade aos 79 anos

Fonte:harvardmagazine.com

A imagem é de um atleta . As possibilidades ao vir a mente, é um de um atleta brilhante e jovem que correu, pulou , nadou ou que fez o seu caminho através dos Jogos Olímpicos no Verão passado. Juventude e esportes são uma equação de idade. Mas no dia a dia mais pessoas estão redescobrindo que permanecendo ativas ou realizando esportes podem estar muito bem em seus últimos anos .

Essa maior participação em atividades desportivas , naturalmente, pode levar a lesões por estar mais ativo - e devido às mudanças corporais , os atletas mais velhos estão em maior risco . Mas a comunidade médica, que é bem embasada em medicina esportiva para os jovens , não considera adequadamente as necessidades da medicina de esportes para o idoso, de acordo com o instrutor em neurologia David Burke , um médico de medicina física e reabilitação no Spaulding Rehabilitation Hospital, em Boston. "Muitas vezes , o médico de cuidados primários não aconselha um atleta lesionado mais velho para fazer o esporte mais, ao invés de dizer , a lesão tem que ser aceita , e veja como ela pode ser tratada , " diz ele.

Burke e os seus colegas na clínica muscular -esquelético Spaulding lançaram , talvez, o primeiro treino que os objetivos de medicina esportiva para atletas de 60 anos de idade ou mais velhos . Podem também ser o primeiro a identificar este campo como " medicina esportiva geriátrica. " "À medida que os baby boomers maduros estão envelhecendo ", diz Burke , " o envelhecimento para estas pessoas está vindo com frequência cada vez mais. Temos que estar preparados para lidar com eles. "

O que está em jogo é a qualidade de vida do atleta , explica Burke . As pessoas que mantêm sua força são menos suscetíveis a queda, uma das principais causas de ferimentos e até morte em idosos. As mulheres, que são vulneráveis à osteoporose após a menopausa, pode prevenir a perda óssea pela prática de esportes de peso. E o exercício é um tratamento eficaz para a depressão, para os idosos que estão em maior risco. " Quando as pessoas fazem coisas que são boas para eles na parte cardiovascular, é bom para elas mentalmente ", diz ele . " Não poderem mais fazer isso realmente muda a sua perspectiva sobre a vida inteira . "

Burke observa que grande parte do declínio da força e flexibilidade , normalmente atribuídas ao envelhecimento, decorre do desuso. "As pessoas achavam que aos 18 anos não era preciso fazer nada, alongar, atividade fisica, mas o envelhecimento e a queda de rendimento com a idade é inevitável ", diz ele . "Mas a perda de força é mais por falta de uso dos músculos que o processo de envelhecimento. " Aeróbica , musculação , corrida, tênis,natação e as artes marciais podem diminuir a perda de força .

Burke aconselha os atletas mais velhos a aderir a regras diferentes do que os jovens fazem. Atletas Senior, por exemplo, têm menos elasticidade do tecido. Assim, um jovem de 18 anos de idade pode fazer se exercicio sem alongamento, mas um maratonista octogenário deve esticar bem , antes e depois de correr ou enfrentar um aumento da possibilidade de dano muscular -esquelético. O metabolismo de atletas mais velhos também são menos flexíveis: eles não respondem tão bem às mudanças do corpo. Corredores jovens podem realizar o treino em um dia frio e permanecer alheio à perda e calor , mas os mais velhos corredores devem usar camadas de roupas , luvas e um boné. Em clima quente , os atletas mais velhos devem prestar atenção para a hora do dia e beber bastante agua . Um executivo de 30 anos de idade pode se recuperar rapidamente de exercicio de uma hora no almoço em um dia quente e úmido, mas seu chefe de 65 anos, deve esperar até que no início da noite , e tomar cuidados especiais para beber água antes e depois da corrida.

Naturalmente , as lesões continuam a acontecer . Mas os atletas mais velhos podem geralmente permanecer ativos por modificar sua rotina , Burke diz, "Corredores com uma artrite no joelho podem parar o progresso da lesão e reduzir a dor , alterando para um sapato de mais de absorção de choque , e executando em um superfície mais macia (uma grama ou esteira em vez de uma rua ), alterando passo para minimizar o salto, e evitar descidas . Os participantes mais velhos no esporte favorito de Burke, tae kwon do , pode prevenir lesões, começando com um programa formal de alongamento, não quebrando a madeira com as mãos e não dando chute superior a menor costelas do adversário .

Burke , um segundo grau faixa preta , viu um colega de tae kwon do usar esses métodos enquanto avança de faixa branca (o nível iniciante ) com idade entre 67 a faixa preta (nível expert) aos 71 anos . A lição aprendida : a idade e a lesão não significa necessariamente que um atleta deve recuar. "Você não pode mudar o esporte o suficiente para continuar ", diz Burke . " Mas a maior parte das vezes , você pode."

Radosevich Lynda

quarta-feira, 7 de julho de 2010

1 Corrida e Caminhada Turistica de Piracicaba



Olá Pessoal,
Antes de mais nada peço desculpas pela demora em colocar as fotos no nosso blog ou site da 1 Corrida e Caminhada Turistica de Piracicaba. Bom, a corrida foi organizada pela Construtora Cataguá e foi uma das corridas mais bonitas que participei. O percurso foi otimo e muito lindo, passando pelo engenho central, rua do porto, av cruzeiro do sul e chegada em frente ao casarão turistico de Piracicaba. Ao todo tivemos 45 pessoas entre as pessoas da Fit labore e a Academia R Personal Training, aonde temos uma parceria. Nesta corrida acompanhei o meu aluno Vinicius, que fez a sua 1ª prova de 10 k. Parabéns Vinicius! E parabéns a todo o nosso grupo que participou e esta se encantando com a corrida, que a cada dia cresce mais! Vamos para as proximas!O nosso amigo, Augustão, membro da Fit labore, colocou no blog dele o que ele achou da prova! Alias, ele vendo umas camisetas para corrida bem legais! Confira em http://blog.vamoscorrendo.com.br/?p=2323.
As fotos para quem quiser ver da corrida estão no flickr da academia R Personal Training. Confira no http://www.rpersonal.wordpress.com/

Abraços

Rogério cardoso





segunda-feira, 5 de julho de 2010

Mulheres ganham nova fórmula para frequência cardíaca




Fonte: Folha.com

A fórmula clássica para calcular a frequência cardíaca (batimentos por minuto) máxima e nortear exercícios não serve para mulheres.

É o que concluiu um grupo da Universidade Northwestern, em Chicago, que há 18 anos estuda o coração do público feminino.

Há 40 anos, a frequência cardíaca máxima (FCM) é definida por uma conta simples: 220 menos a idade da pessoa. O resultado condiz com o que foi observado em pesquisas populacionais.

O problema é que a participação de mulheres nessas antigas pesquisas era mínima. Por isso, os dados não são precisos, diz a coordenadora do novo estudo, a cardiologista Martha Gulat.

Em entrevista à Folha, Gulat diz que a fórmula deve se tornar padrão. "Não somos "homens em tamanho menor", e até hoje não havia dados sobre mulheres em relação à frequência cardíaca. Fizemos um grande estudo e as evidências são muito fortes."

Publicado no "Circulation", da Sociedade Americana do Coração, o estudo incluiu 5.500 mulheres. E concluiu que a FCM da mulher é entre oito e dez batimentos/ minuto menor do que a do homem da mesma idade.

"Sabendo sua FCM de forma precisa, a mulher pode atingir os objetivos pretendidos com o treino", diz Gulat.

A cardiologista também diz que o novo padrão permite diagnósticos mais realistas no teste de esforço (eletrocardiograma na esteira).

Segundo Turíbio Leite, professor de medicina do esporte da Unifesp, esse é o primeiro estudo avaliando diferenças de gênero na FCM. "Tem fundamento, mas não sei como será a aplicação."

A maior dificuldade, segundo Gulat, é fazer o cálculo: 206 menos 88% da idade. "Uma calculadora resolve. Estamos preparando um aplicativo para iPhone e internet", conta ela.

POUCOS ESTUDOS

"A mulher não se iguala ao homem no desempenho físico. Há poucos estudos específicos para elas", concorda o cardiologista e médico do esporte Nabil Ghorayeb.

Para Ghorayeb, montar treinos baseados em índices femininos é interessante, mas é preciso mais pesquisa para validar a nova fórmula.

Cláudio Silva, presidente da Associação Brasileira de Academias, diz que o ideal seria incorporar já esses dados. "Os fabricantes poderiam imprimir as novas tabelas nos aparelhos", diz.

Hoje, muitas esteiras têm no painel um quadro com as frequências cardíacas segundo a fórmula que não diferencia homens e mulheres.

Embora haja um desvio padrão, a frequência máxima obtida por fórmula é fixa para cada ano de vida. O condicionamento permite que a pessoa aumente a intensidade da atividade sem ultrapassar a "zona-alvo" do treino. São frequências entre 65% e 85% da máxima, que atendem a diferentes objetivos.

CÁLCULO DEIXA TREINO MAIS SEGURO

Saber com mais precisão a sua frequência máxima permite maior controle do treinamento e obter melhores resultados com menos esforço. Também há menor risco de exceder os limites seguros durante a atividade, de acordo com Cleiton Libardi, do Laboratório de Fisiologia do Exercício da Unicamp.